São Paulo, terça-feira, 01 de agosto de 2000


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PARÁ
Índios mantêm 15 turistas como reféns

LUÍS INDRIUNAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Cerca de 50 índios guerreiros da etnia caiapó mantêm, desde sexta-feira, 15 turistas como reféns na aldeia Baú no município Novo Progresso (sul do Pará).
Segundo o administrador da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Colider (MT), Megaron Txucarramãe, os turistas invadiram as terras dos índios pelo rio Curuá, quando iniciavam uma pescaria no local. Os índios estavam fazendo uma inspeção de rotina no território quando encontraram o grupo.
Para libertar os turistas, os caiapós exigem a presença da Polícia Federal, Funai e imprensa no local. Eles reivindicam a demarcação da área indígena Baú, que tem cerca de 1.850 hectares.
"Há 20 anos eles querem a demarcação mas nada aconteceu. Os caiapós estão cansados", disse Megaron. Um funcionário da Funai já está no local, e agentes da PF devem seguir hoje até a aldeia.
Apesar de estarem pintados para guerra, Megaron garante que não houve violência física contra ninguém do grupo. O administrador lembra, no entanto, que algumas pessoas de Novo Progresso estariam ameaçando tirar os pescadores do local à força. "O que acontece é que ninguém os avisou que eles estavam invadido terras de índio", disse o administrador.
Cerca de 4.000 caiapós vivem em três áreas indígenas já demarcadas que ficam no sul do Pará e norte do Mato Grosso.


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