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PARÁ
Índios mantêm 15 turistas como reféns
LUÍS INDRIUNAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Cerca de 50 índios guerreiros da
etnia caiapó mantêm, desde sexta-feira, 15 turistas como reféns na
aldeia Baú no município Novo
Progresso (sul do Pará).
Segundo o administrador da
Funai (Fundação Nacional do Índio) de Colider (MT), Megaron
Txucarramãe, os turistas invadiram as terras dos índios pelo rio
Curuá, quando iniciavam uma
pescaria no local. Os índios estavam fazendo uma inspeção de rotina no território quando encontraram o grupo.
Para libertar os turistas, os caiapós exigem a presença da Polícia
Federal, Funai e imprensa no local. Eles reivindicam a demarcação da área indígena Baú, que tem
cerca de 1.850 hectares.
"Há 20 anos eles querem a demarcação mas nada aconteceu.
Os caiapós estão cansados", disse
Megaron. Um funcionário da Funai já está no local, e agentes da PF
devem seguir hoje até a aldeia.
Apesar de estarem pintados para guerra, Megaron garante que
não houve violência física contra
ninguém do grupo. O administrador lembra, no entanto, que algumas pessoas de Novo Progresso
estariam ameaçando tirar os pescadores do local à força. "O que
acontece é que ninguém os avisou
que eles estavam invadido terras
de índio", disse o administrador.
Cerca de 4.000 caiapós vivem
em três áreas indígenas já demarcadas que ficam no sul do Pará e
norte do Mato Grosso.
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