São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2004

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ELEIÇÕES 2004/CAMPANHA

Candidato do PP faz caminhada na região do aeroporto de Congonhas e promete estender avenida das Águas Espraiadas

Maluf diz a ilegais que poderão ficar nas ruas

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PP à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf, apelou ontem para os trabalhadores informais - "marreteiros e camelôs", como disse - durante caminhada na Vila Santa Catarina (zona sul). No corpo-a-corpo, Maluf abordou ambulantes prometendo permanência no trabalho. Há duas semanas, camelôs entraram em confronto com fiscais da administração Marta Suplicy (PT) na rua 25 de Março, no centro.
"Você pode continuar trabalhando em paz. Quem está trabalhando não vai ser prejudicado", disse aos ambulantes Silvio Luz e Manuel da Conceição Cerqueira, que atuavam sem registro em rua do bairro. Maluf chegou a acusar fiscais da prefeitura de ficar com as mercadorias dos camelôs. "Se eles estão desempregados, não querem ser marginais, querem ser gente honesta, você ainda vai botar a polícia e vai botar os tais gestores e fiscais da prefeitura que viram as mercadorias deles e não devolvem?", disse, acrescentando que muitos ambulantes se queixam do sumiço de mercadorias.
"O sujeito vem para rua com a mercadoria comprada até a prazo. Vem o fiscal da prefeitura e leva a mercadoria, que some depois. Essa não é maneira de atuar." Ao responder se era uma denúncia, o ex-prefeito afirmou ter lido nos jornais e disse que, se eleito, a "polícia não vai bater em trabalhador", mas protegê-los.
Além das promessas de revogação da taxa de lixo, iluminação pública e do motoboy - apresentada à "motolady" Katia Cristina da Conceição-- Maluf prometeu reeditar o polêmico PAS (Plano de Atendimento à Saúde).
Maluf disse que o PAS não foi reconhecido pelo Sistema Único de Saúde porque "você sabe quem era o ministro da Saúde (José Serra) que estava querendo prejudicar São Paulo...". Mas a relação será melhor com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Comigo, com Lula e com o ministro Humberto Costa [Saúde], não vai ter problema. Vamos trabalhar bem", garantiu ele, alegando que o adversário tucano, José Serra, "quer um terceiro turno" da eleição de 2002 contra Lula.
Maluf prometeu estender a avenida das Águas Espraiadas. O asfaltamento da via, de 5 km, custou R$ 304 milhões à gestão do ex-prefeito (93-96). Na canalização do córrego que dá nome à avenida, foram gastos R$ 320 milhões. A pavimentação rendeu a Maluf a acusação de superfaturamento. Ontem, porém, disse que levará a avenida (hoje Roberto Marinho) até a rodovia dos Imigrantes. "Ela [Marta] não fez. Mas eu faço."


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