Embate aconteceu logo no segundo bloco do debate e surpreendeu até os correligionários presentes

DA REPORTAGEM LOCAL

A troca de farpas entre Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM) logo no segundo bloco do debate de ontem da TV Bandeirantes surpreendeu até os correligionários dos dois candidatos que acompanhavam o embate na platéia.
Nas coxias, marqueteiros passaram a maior parte do tempo monitorando os candidatos com dados sobre a administração de Kassab e a de Alckmin.
O tucano questionou o prefeito, que tem o PSDB na sua gestão, sobre falhas na iluminação pública. Na resposta, Kassab disse que Alckmin, quando coordenou as privatizações do Estado na primeira gestão de Mario Covas, não exigiu investimentos para a melhoria dos serviços, como a contrapartida de as concessionárias trocarem lâmpadas queimadas.
O confronto entre os históricos aliados afastou a possibilidade de uma trégua já no primeiro turno. Segundo a Folha apurou, o ataque direto de Kassab ao ex-governador foi considerado pelos coordenadores de Alckmin um "golpe baixo".
Do lado do prefeito, porém, a resposta teria como intuito deixar claro ao tucano que, se ele insistir em apresentar falhas na atual gestão, receberá o troco na forma de críticas ao período em que foi governador.
Kassabistas se disseram surpresos com a pergunta direta ao prefeito. Para um democrata, a intervenção do prefeito foi para mostrar que "Alckmin também tem passado". Geraram mal-estar no staff de Kassab dois comentários de Alckmin, sobre precatórios e falta de leitos. Os comentários eram de que os respectivos secretários -Planejamento e Saúde, que estavam na platéia-, ambos da cota do PSDB, poderiam "restabelecer a verdade".
O embate animou os petistas. Coordenador da campanha de Marta, o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) afirmou que era inevitável que tal confronto ocorresse. "Eles iriam ter que se confrontar uma hora ou outra", disse.
Só ao final as equipes de Alckmin e Kassab se uniram para rebater as afirmações de Marta sobre tecnologia. (ANA FLOR, CATIA SEABRA, CONRADO CORSALETTE, FERNANDO BARROS DE MELLO E JOSÉ ALBERTO BOMBIG)


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