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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Na TV, Alckmin fala do mensalão e faz ataque direto a Lula
À tarde, PSDB usou apresentadora para criticar presidente; à noite, candidato disse ser diferente de petista
"Todo mundo se lembra da vergonha do mensalão, das denúncias, dos ministros afastados... Eu sou diferente dele, diferente", diz tucano
MICHELE OLIVEIRA
DA REDAÇÃO
O programa na TV de Geraldo Alckmin decidiu mirar de
vez nos casos de corrupção que
atingiram o PT e o governo Lula. Na tarde de ontem, a apresentadora citou nominalmente
os ex-dirigentes do partido Delúbio Soares, José Genoino e
Silvio Pereira, todos assolados
pelos escândalos. À noite, o tucano assumiu o discurso, citando "a vergonha do mensalão" e
"os ministros afastados".
O programa noturno retirou
os apresentadores, até então os
encarregados dos ataques mais
fortes a Luiz Inácio Lula da Silva. E o tucano, que vinha aumentando gradualmente as referências à corrupção, encampou de forma mais direta o discurso, novamente aproveitando para dizer que é "diferente".
"No ano passado, todo mundo se lembra da vergonha do
mensalão, das denúncias, dos
ministros afastados. (...) Por isso, eu estou aqui, olho no olho
com você, para dizer que eu sou
diferente dele, diferente."
A mudança -substituição
dos apresentadores pelo próprio candidato nos ataques-
responde a críticas de que o tucano não está se vinculando às
falas mais duras contra Lula
para tentar reverter a desvantagem nas pesquisas.
À tarde, coube a uma apresentadora acusar o PT. "Nos últimos anos, vários ministros e
altos funcionários do governo
foram acusados por corrupção.
José Dirceu, ministro de Lula,
foi denunciado como chefe de
quadrilha. Delúbio, tesoureiro
do PT, Genoino, presidente do
PT, e Silvio Pereira, secretário-geral do PT, foram denunciados como os outros chefes",
disse ela, que ainda listou Waldomiro Diniz e os ex-ministros
Luiz Gushiken e Humberto
Costa. E completou: "E Lula
não sabia de nada? Lula não
merece seu voto. Pense nisso".
Os ataques da tarde não foram acompanhados de imagens dos envolvidos na crise,
mas elas começaram a aparecer
ontem à noite nas inserções.
O PT afirmou ontem que entrou com uma representação
no TSE pedindo perda de
3min12s por falta de identificação da coligação PSDB-PFL
nos ataques do dia 29. Mas a peça contou com a identificação
-ainda que minúscula- das siglas que apóiam Alckmin.
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