São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2000

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SÃO PAULO
Paulo Maluf aparece com 14%; Geraldo Alckmin vem em seguida, com 13%; Luiza Erundina e Romeu Tuma chegam a 11%; todos os candidatos têm chances de ir ao segundo turno
Adversário de Marta segue indefinido

RALPH MACHADO
EDITOR-ASSISTENTE DE BRASIL

Está indefinido o adversário de Marta Suplicy (PT) no segundo turno na disputa pela Prefeitura de São Paulo, indica pesquisa Datafolha concluída na sexta-feira.
A petista chegou à antevéspera do primeiro turno com 34% das intenções de voto. Embolados na segunda colocação estão Paulo Maluf (PPB), com 14%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 13%, e Romeu Tuma (PFL) e Luiza Erundina (PSB), ambos com 11%.
A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram entrevistados 5.018 eleitores com mais de 16 anos.
Enéas Carneiro (Prona) aparece com 3% e Marcos Cintra, do PL, com 1%. Os demais candidatos nem sequer chegaram a 1%.
Fernando Collor (PRTB), que teve a candidatura cassada pela Justiça Eleitoral, recebeu 1% -esses "votos" foram incluídos entre os nulos pelo Datafolha.
Já no critério dos votos válidos -isto é, quando são excluídas as pessoas indecisas e aquelas que declaram votar em branco ou nulo-, a petista atinge 39% das preferências, oscilando um ponto para cima em relação à taxa obtida no levantamento anterior, feito na terça-feira passada.
A seguir aparece Maluf, com 16%, também oscilando um ponto para cima. Alckmin manteve o percentual obtido no último levantamento (15%). Tuma oscilou um ponto para baixo e tem agora 13%. Erundina também permaneceu estável -está com os mesmos 12% dos votos válidos.

Número
Marta leva vantagem sobre os demais também no conhecimento do número -76% dos seus eleitores sabem que ela é "13". Maluf não fica muito distante nesse quesito: 74% dos seus eleitores acertam seu número (11).
O número de Tuma (25) é conhecido por 69% dos seus eleitores. No caso de Alckmin (número 45), a taxa é de 68%.
Erundina está em desvantagem: apenas pouco mais da metade (53%) de seus eleitores sabe que o seu número é o 40.
Como a eleição será totalmente realizada por meio de urnas eletrônicas, o conhecimento do número do candidato é essencial. O eleitor que não sabe o número pode acabar anulando o voto ou votando em quem não escolheu.
No caso de Erundina, por exemplo, 13% dos seus eleitores dizem números errados e, assim, podem acabar votando em outros candidatos ou anulando o voto.
No caso de Tuma, o índice de respostas incorretas é de 10%. Para Alckmin, Maluf e Marta, as taxas são menores, de 6%, 5% e 4%, respectivamente.

Histórico
A disputa por uma vaga no segundo turno acirrou-se no começo do mês, quando foram intensificados os ataques ao tucano Alckmin. Em pesquisa no dia 1º de setembro, ele havia despontado à frente do segundo pelotão, com 16% das intenções de voto, mas em situação de empate técnico com Maluf e com Tuma.
Ao mesmo tempo em que os ataques dos adversários evitaram o avanço de Alckmin, vice-governador licenciado, permitiram ao tucano um tempo extra na TV após a última quinta, data do término oficial do horário eleitoral.
Alckmin conseguiu vários direitos de resposta na Justiça Eleitoral ao longo das últimas duas semanas. A maior parte delas foi destinada a rebater acusações de que venderia leite ao governo do Estado por um valor superior ao praticado por concorrentes.
Ele também usou a propaganda para reiterar suas realizações como prefeito de Pindamonhangaba (SP) e como vice-governador.
Na sexta, Alckmin apareceu em um horário extra na TV para responder a ataques de José de Abreu (PTN). Tuma foi outro que teve direito à propaganda, também para responder a Abreu, que o acusara de preconceito racial.
Outro fator que pode ter contribuído para a manutenção do empate quádruplo no segundo lugar pode ter sido a superexposição dos microcandidatos no debate realizado na última quinta-feira, exibido pela TV Bandeirantes.


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