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PPS tem idéia polêmica para Previdência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cotado para o Ministério da
Previdência no governo Lula, o
candidato derrotado do PPS à
Presidência, Ciro Gomes, apresentou durante a campanha uma
proposta polêmica para equacionar o déficit do regime de aposentadorias.
Ciro defendeu a substituição do
sistema atual de repartição -em
que as contribuições dos trabalhadores em atividade pagam os
benefícios dos aposentados- pelo de capitalização, em que cada
trabalhador poupa para sua própria aposentadoria.
A capitalização, adotada nos
fundos de pensão privados, funciona como uma espécie de aplicação financeira. O dinheiro depositado pelo trabalhador é aplicado e forma um fundo que, mais
tarde, bancará os benefícios.
A menos que os recursos sejam
mal geridos, o sistema é à prova
de déficits. No modelo atual de repartição, as contas não fecham
porque os contribuintes escasseiam com a informalidade no
mercado, enquanto as despesas
sobem com o envelhecimento da
população e o aumento da expectativa de vida.
O problema da proposta de Ciro
é a forma de transição de um sistema para o outro. Se os trabalhadores que estão na ativa passarem
a contribuir para si próprios, o
Tesouro seria obrigado a pagar
integralmente os benefícios dos
que estão aposentados.
Essa operação e seus custos não
chegaram a ser detalhados no
programa de governo de Ciro. Sabe-se que a idéia era um processo
gradual e amparado na emissão
de títulos públicos de longo prazo.
Para o político do PPS, a reforma da Previdência visaria não
apenas equilibrar a longo prazo o
déficit do setor, mas também contribuir para o aumento da taxa de
poupança nacional, gerando recursos para financiar o desenvolvimento econômico.
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