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Jarbas diz que apoio do PMDB será efêmero
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Isolado na reunião de
ontem do Conselho Político do PMDB, o ex-governador e senador eleito Jarbas Vasconcelos (PE) avalia que a unidade do partido em apoio ao presidente
Lula tem prazo de validade. Mas reconheceu que os
"independentes" não chegariam a 10% do partido.
"Daqui a pouco começam as divergências", previu. Para ele, quem foi para
o governo em busca de espaço (cargos e verbas) irá
se "frustrar" quando perceber que o espaço "não
vai dar para todo mundo".
Jarbas deu ontem um dos
dois votos contrários à entrada formal do PMDB no
governo. Houve um terceiro voto de abstenção (seção do Acre).
A cúpula do PMDB avalia que, ao poucos, conseguirá integrar Jarbas ao
apoio ao governo. O peemedebista viu seu candidato a governador em Pernambuco ser derrotado
por uma aliança no segundo turno entre o PT e o
PSB, que elegeu o socialista Eduardo Campos.
Lula foi determinante
na vitória de Campos. Como o presidente tem boa
relação com Jarbas, ele
pretende convidá-lo para
uma conversa.
Jarbas admitiu que a fatia da legenda que hoje
apóia Lula é maior do que
ele havia previsto. Mesmo
assim, disse que a crítica
ao governo terá repercussão em parte da opinião
pública. Por isso, aposta
em um "isolamento temporário". "Não estou torcendo pelo malogro, nem
pelo estrangulamento do
governo. Mas ele terminou um primeiro mandato
medíocre", disse.
(LS e KA)
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