São Paulo, sexta-feira, 01 de dezembro de 2006

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Jarbas diz que apoio do PMDB será efêmero

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Isolado na reunião de ontem do Conselho Político do PMDB, o ex-governador e senador eleito Jarbas Vasconcelos (PE) avalia que a unidade do partido em apoio ao presidente Lula tem prazo de validade. Mas reconheceu que os "independentes" não chegariam a 10% do partido.
"Daqui a pouco começam as divergências", previu. Para ele, quem foi para o governo em busca de espaço (cargos e verbas) irá se "frustrar" quando perceber que o espaço "não vai dar para todo mundo". Jarbas deu ontem um dos dois votos contrários à entrada formal do PMDB no governo. Houve um terceiro voto de abstenção (seção do Acre).
A cúpula do PMDB avalia que, ao poucos, conseguirá integrar Jarbas ao apoio ao governo. O peemedebista viu seu candidato a governador em Pernambuco ser derrotado por uma aliança no segundo turno entre o PT e o PSB, que elegeu o socialista Eduardo Campos.
Lula foi determinante na vitória de Campos. Como o presidente tem boa relação com Jarbas, ele pretende convidá-lo para uma conversa.
Jarbas admitiu que a fatia da legenda que hoje apóia Lula é maior do que ele havia previsto. Mesmo assim, disse que a crítica ao governo terá repercussão em parte da opinião pública. Por isso, aposta em um "isolamento temporário". "Não estou torcendo pelo malogro, nem pelo estrangulamento do governo. Mas ele terminou um primeiro mandato medíocre", disse.
(LS e KA)


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