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Estados Unidos
Aos 40 anos, rede americana PBS tem audiência em queda e orçamento menor
DENYSE GODOY
DE NOVA YORK
A rede americana PBS (Public Broadcasting System), fundada em 1969 por uma agência
ligada ao governo federal dos
Estados Unidos, se aproxima
dos 40 anos com a audiência
em queda, o orçamento menor
a cada ano e a sua programação
questionada. Ela não é conhecida por defender o interesse público, por exemplo.
Muitos dos problemas estão
ligados à sua estrutura. Criada
com o objetivo de exibir conteúdo educativo e promover a
cidadania, a PBS é uma empresa privada sem fins lucrativos,
cujo controle está nas mãos das
355 emissoras que formam a
rede -os diretores são eleitos
entre os executivos delas. Controladas por ONGs, órgãos dos
governos municipal e estadual
ou entidades educacionais como escolas públicas e universidades, cada uma das emissoras
tem autonomia sobre a sua programação, ou seja, não existe
obrigatoriedade de transmissão simultânea de conteúdo.
Também não há uma central
de produção conjunta. Com isso, apesar do maior espaço para
a veiculação de quadros regionais, prejudica a criação de uma
identidade e deixa a rede vulnerável às pressões políticas, o
que é uma crítica constante
tanto de liberais quanto de conservadores à sua programação.
Para sanar os problemas de
financiamento, a PBS aumentou o tempo das inserções de
propaganda e passou a aceitar
merchandisings. Consultores
do setor sugerem a criação de
um fundo independente para
financiá-la.
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