São Paulo, sábado, 01 de dezembro de 2007

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Estados Unidos

Aos 40 anos, rede americana PBS tem audiência em queda e orçamento menor

DENYSE GODOY
DE NOVA YORK

A rede americana PBS (Public Broadcasting System), fundada em 1969 por uma agência ligada ao governo federal dos Estados Unidos, se aproxima dos 40 anos com a audiência em queda, o orçamento menor a cada ano e a sua programação questionada. Ela não é conhecida por defender o interesse público, por exemplo.
Muitos dos problemas estão ligados à sua estrutura. Criada com o objetivo de exibir conteúdo educativo e promover a cidadania, a PBS é uma empresa privada sem fins lucrativos, cujo controle está nas mãos das 355 emissoras que formam a rede -os diretores são eleitos entre os executivos delas. Controladas por ONGs, órgãos dos governos municipal e estadual ou entidades educacionais como escolas públicas e universidades, cada uma das emissoras tem autonomia sobre a sua programação, ou seja, não existe obrigatoriedade de transmissão simultânea de conteúdo.
Também não há uma central de produção conjunta. Com isso, apesar do maior espaço para a veiculação de quadros regionais, prejudica a criação de uma identidade e deixa a rede vulnerável às pressões políticas, o que é uma crítica constante tanto de liberais quanto de conservadores à sua programação.
Para sanar os problemas de financiamento, a PBS aumentou o tempo das inserções de propaganda e passou a aceitar merchandisings. Consultores do setor sugerem a criação de um fundo independente para financiá-la.


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