São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2001 |
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PAINEL Céu de estrelas A ausência de Lula à posse de Marta Suplicy foi notada e comentada por caciques do PT. Lula já havia sumido da festa no dia em que Marta foi eleita. Mais do que um erro político, o duplo não-comparecimento do líder é um sinal de que uma estrela sobre enquanto a outra desce. Memória viva Depois que Eduardo Suplicy se lançou candidato à Presidência, Marta tem tomado cuidados redobrados para não melindrar Lula. A prefeita, porém, excluiu o líder petista de sua campanha. E, questionada, o criticou em público sobre o deslize de Pelotas -"coisa de macho brasileiro". A ferida não cicatrizou. Medo de ser feliz Em 98, Lula não foi à posse do governador Olívio Dutra (RS). Foi na época muito criticado dentro do partido. A reincidência do descaso, agora com os prefeitos eleitos do PT, reforça a imagem do cacique personalista. E faz crescer na cúpula petista a desconfiança diante de suas reais chances para 2002. Veias abertas Marta escreveu de próprio punho seu discurso de posse. Terminou por volta das 3h da madrugada de domingo. Longa, a peça tem inspiração estrangeira. Marta foi à Cidade do México no início de dezembro e gostou da fala demorada e circunstanciada que fez o colega Andrés Manuel Lopes Obrador ao tomar posse. Polícia para quem precisa O coronel Josias Sampaio Lopes, atual subcomandante do policiamento metropolitano de SP, será o comandante da Guarda Civil Metropolitana de Marta. Simpático ao PT, o policial militar irá acumular a coordenação da Defesa Civil da cidade. Redação difícil O discurso de despedida de Celso Pitta do Palácio das Indústrias, com as referências ao suposto "golpe de Estado" que o ex-prefeito diz ter sofrido, foi elaborado em quatro reuniões nas últimas semanas. Sempre com a presença do publicitário Roberto Duailibi (DPZ). Capim simbólico Nem na sua despedida, Celso Pitta (SP) caprichou. Alto, sujo e maltratado, o gramado do Palácio das Indústrias -sede do Executivo municipal- compunha ontem um retrato fiel do que foi a sua administração. Noites cariocas Ciro Gomes entrou bem em 2001. Sob a chuva que marcou o réveillon carioca, o presidenciável dançava no início da madrugada de ontem com a namorada Patrícia Pillar, em plena avenida Vieira Souto, quase esquina com a rua Vinícius de Morais, em Ipanema. O par caiu no forró ao som de "Asa Branca". Dito e feito O ato de Cesar Maia proibindo a divulgação de pesquisas de opinião no Rio tem alvo certo: o diretor-executivo do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Ambos são brigados. Ainda no segundo turno, um deputado tentou reaproximá-los. O prefeito reagiu com palavrões. E disse que iria se vingar na hora certa. Serventia da casa O secretário de Comunicação Social de Marta, Valdemir Garreta, foi escalado para acompanhar Pitta até o porta da prefeitura após sua fala de despedida. Ironizado no PT, Garreta respondeu bem-humorado: "Fiz o que todo paulistano gostaria de ter feito. Botar o Pitta para fora". De olho no voto Eleito ontem presidente da Câmara de São Paulo, José Eduardo Cardozo (PT) pediu que os vereadores de sua base votassem abertamente, contrariando a tradição da Casa. O petista temia que traições na própria bancada do PT dessem a vitória ao tucano Roberto Trípoli. Ressaca pós-eleitoral Nos bastidores, o PSDB contabilizava que o vereador Roberto Trípoli teria três votos de vereadores petistas. A votação aberta inviabilizou a estratégia tucana, mas não eliminou o clima de traição na bancada do PT. TIROTEIO Do deputado João Caldas (PL-AL), sobre a disputa pelas presidências no Congresso: - Na farra da sucessão no Congresso, situação e oposição vão comer, beber e se divertir. Mas quem vai pagar a conta é o presidente Fernando Henrique. CONTRAPONTO Gol contra
Representando o governador
Mário Covas, Geraldo Alckmin
esteve na semana passada participando de um sorteio de apartamentos populares da CDHU
(Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). |
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