|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vannuchi diz que comissão da verdade não vai anular Anistia
Ministro afirma que programa não tem caráter "revanchista" contra militares
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A criação da comissão nacional da verdade, motivo de reclamações das Forças Armadas e
do ministro Nelson Jobim (Defesa), não tem caráter "revanchista" e seguirá o que está previsto na Lei da Anistia, disse o
ministro Paulo Vannuchi, da
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência.
"O programa não é contra a
Lei da Anistia. Não se trata nem
de revisão nem de anular a Lei
da Anistia. Está lá, no item que
propõe a ação programática 23,
que propõe a elaboração de um
projeto de lei, até abril, instituindo uma comissão nacional
da verdade, nos termos definidos pela Lei da Anistia. Não há
nenhum sentido revanchista",
disse ele à Agência Brasil.
A criação da comissão, com
objetivo de apurar torturas e
desaparecimentos durante a
ditadura militar (1964-1985),
consta do terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos, publicado no mês passado.
Dois pontos da proposta irritaram os militares: identificar e
tornar públicas as "estruturas"
usadas para a violação dos direitos humanos e a criação de
uma lei que proíba que logradouros recebam o nome de pessoas envolvidas nas violações.
Vannuchi afirmou que "a comissão da verdade é a favor das
Forças Armadas", que são formadas por oficiais dedicados "à
pátria, ao serviço público, com
sacrifícios pessoais", que não
podem ser misturados com
uma dúzia de pessoas que torturavam opositores políticos.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Executivo: Governo Lula já promoveu 60 conferências, contra 21 de FHC Índice
|