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DF
Roriz critica Buarque, que é vaiado pela torcida de seu sucessor
Transmissão de cargo segue "clima de guerra" da eleição
ALEX RIBEIRO
BETINA BERNARDES
da Sucursal de Brasília
A transmissão de cargo no governo do Distrito Federal foi marcada pelo mesmo clima de guerra
que dividiu Brasília na eleição.
O discurso do ex-governador
Cristovam Buarque (PT) foi interrompido por vaias de partidários
do empossado Joaquim Roriz
(PMDB) que lotavam o salão nobre do Palácio do Buriti, sede do
governo do DF.
Às 11h, na assinatura do termo de
posse no cargo de governador na
Câmara Distrital, Roriz evitou ataques a Cristovam. Na saída, disse
em entrevista que daria continuidade, "com os ajustes necessários", aos programas sociais do antecessor, como o bolsa-escola.
Mais tarde, na cerimônia de
transmissão do cargo, o tom do
governador mudou e ele passou a
atacar mais abertamente Buarque.
Quando entraram no salão nobre do Palácio do Buriti, a platéia
se dividiu, gritando os nomes do
ex-governador e do atual. A torcida de Roriz era maior, e Cristovam
não conseguia ser ouvido.
Mais tarde, na posse do seu secretariado, Roriz disse que sua
equipe terá de "reconstruir o DF".
Roriz saiu caminhando do palácio para cumprimentar cerca de
6.000 pessoas, segundo a PM, que
se aglomeravam em frente ao palácio. Ao mesmo tempo, um cortejo
com seis caixões de madeira, simbolizando um enterro, cruzou o
caminho de Roriz. O cortejo era
puxado por um jegue carregando
um boneco do ex-governador.
A comissão de posse de Roriz
mobilizou seis trios elétricos, mais
de 300 ônibus e distribuiu um vale
a quem compareceu à posse que
dava direito a lanche.
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