ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DA BRASÍLIA

A Câmara dos Deputados aprovou ontem, em segundo turno, a emenda constitucional que reduz o recesso parlamentar de 90 para 55 dias. Foram 438 votos a 7. A emenda terá de ser votada, também em dois turnos, pelo Senado.
O projeto havia sido aprovado em primeiro turno na semana passada, quando apenas a deputada Sueli Campos (PP-RR) votou contra a emenda constitucional.
Ontem, no entanto, mais deputados se manifestaram contra a redução do recesso. "No recesso, a gente rala e sua no nosso Estado com as bases", disse o primeiro vice-presidente da Câmara, deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL). "Eu não sou vagabundo."
Hoje a Câmara pode iniciar a discussão do projeto que trata da redução dos custos de campanhas eleitorais. A proposta depende de acordo entre os líderes das bancadas para ser votada em plenário.
O texto original do projeto, de autoria do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), vai sofrer alterações. Até agora, 12 itens da proposta já tiveram redação refeita.
Uma das alterações é a retirada da proibição do uso de imagens de fora de estúdio de gravação nos programas de TV e rádio.
Outra mudança estudada é a retirada dos artigos que propõem a redução do tempo de campanha e a proibição da divulgação de pesquisas de intenção de voto quinze dias antes da eleição.
Além dos 12 itens já questionados, há deputados que defendem mais mudanças. O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), quer o estabelecimento de um teto fixo para gastos das campanhas dos candidatos.


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