São Paulo, domingo, 02 de março de 2008 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Os homens de Dilma
Enquanto vê seu nome crescer na bolsa de apostas
dos pré-candidatos do PT à sucessão de Lula, Dilma
Rousseff trata de sanar uma fragilidade: sua alegada
falta de "trânsito político". O caminho começa por
construir um grupo próprio de interlocução no Congresso. A ministra da Casa Civil trata diretamente sobre os temas relativos ao PAC, por exemplo. Hoje, é
muito próxima de petistas como Henrique Fontana
(RS) e Maurício Rands (PE), na Câmara, e Delcídio
Amaral (MS) e Tião Viana (AC), no Senado. Na próxima quinta, se reunirá com toda a bancada do partido. Longo prazo. Em privado, Geraldo Alckmin refuta a idéia de que lhe faltaria discurso para entrar na sucessão paulistana, já que o PSDB comanda o filé mignon da prefeitura. Diz que, se for candidato, vai "defender de A a Z" a administração de Gilberto Kassab (DEM). E "falar do futuro", a seu ver o que realmente interessa ao eleitor. Onde pega. Se alguém quiser tirar Alckmin do sério, basta mencionar a tese de que ele deveria pular a eleição de 2008 "em troca da garantia" de ser o candidato do PSDB à sucessão de José Serra em 2010. "Não preciso disso", costuma rebater, de cara fechada, o ex-governador, que em seguida mostra números de sua acachapante intenção de voto no interior paulista. Inspiração. Alckmin costuma repetir uma frase que diz ter ouvido de Mário Covas: "Fui mais feliz como prefeito do que como governador". Next. Com 2008 ainda por resolver, o PSDB de São Paulo já fermenta o conflito local de 2010. Movimentam-se para disputar o governo o líder do partido na Câmara, José Aníbal, e o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira. Isso, evidentemente, se: a) Serra deixar o cargo para concorrer ao Planalto; b) Alckmin não quiser ser o candidato. Forcinha. O PT tenta convencer o governador Roberto Requião (PMDB) a substituir a pré-candidatura do reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira Jr., pela de Rafael Greca, peemedebista mais competitivo. Nos cálculos do partido, se o ex-ministro do Esporte obtiver algo como 10%, conseguirá forçar um segundo turno entre a petista Gleisi Hoffmann e o prefeito Beto Richa (PSDB), hoje líder folgado nas pesquisas. Sindical. Ivan Guimarães, "sidekick" de Delúbio Soares até o estouro do mensalão, é hoje o principal porta-voz das reivindicações de Marcos Valério, que vez ou outra ameaça perturbar o sossego de Lula. Maná 1. A primeira providência da oposição para sacudir o marasmo da CPI será apresentar requerimento para que o TCU forneça a íntegra do inquérito aberto em 2004 a fim de apurar o uso dos cartões corporativos. Maná 2. São nada menos que 19 apensos (investigações anexadas ao inquérito principal) sigilosos. Mas, como a CPI tem poder de requisição, o TCU terá de fornecer todas as informações. Resta saber se a maioria governista deixará o explosivo pedido andar. Fora da toca. O ministro José Múcio (Relações Institucionais) recorreu ao hoje discreto José Genoino na tentativa de dissuadir o PT de se bater pela presidência da CPI dos Cartões. Na conversa, o deputado concordou que o melhor caminho é o acordo. Ele ou eu. O deputado Fernando Coruja (PPS) escreveu um livro sobre dominó com prefácio do ex-governador de Santa Catarina Esperidião Amin (PP), também expert no jogo. Mas uma desavença política atrasa a publicação da insólita parceria: Amin é adversário do governador Luiz Henrique (PMDB), aliado do Coruja. Tiroteio "Este governo sofre de paranóia seletiva: quando é vítima de crime, como no roubo da Petrobras, fala em conspiração; quando é o responsável, como no mensalão, diz que é coisa corriqueira." Do deputado RONALDO CAIADO (DEM-GO) sobre o roubo de computadores da empresa, que segundo a polícia foi crime comum. De saída, o Planalto falou em "espionagem industrial" e quiçá de governos. Contraponto Com deságio
Na reta final da campanha municipal de 2004, um grupo de candidatos a vereador em Barra do Corda, interior do Maranhão, resolveu procurar o primeiro colocado na
disputa pela prefeitura, Manoel Mariano de Sousa (PV),
conhecido como Nenzin, em busca de ajuda financeira. |
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