São Paulo, segunda, 2 de março de 1998

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Painel

Choque garantido
Os políticos que puxam assunto sobre a campanha da reeleição com FHC são aconselhados a falar com Eduardo Jorge. Isso está dando urticária em Serjão, que tem péssima relação com o secretário-geral da Presidência.


Mundos e fundos
Maluf, que já elogiou Paulo Renato, promete a prefeitos paulistas acabar com o fundão do ministro da Educação caso seja governador. Detalhe: ele não tem poder para mudar a emenda que vincula receita de Estados e municípios ao 1º grau.


Silêncio dos inocentes
Adversários de Maluf vão explorar politicamente a omissão do PPB em relação ao desabamento do prédio no Rio. O partido ainda não se pronunciou oficialmente sobre Sérgio Naya (PPB-MG), dono da Sersan.


Se lotar, cai
A sede da Sersan, a empresa de Sérgio Naya responsável pelo prédio que desabou no Rio, tem sete andares. Apenas dois ocupados. "Para manter a administração do prédio sem a interferência de estranhos", diz Naya.


Pedra no sapato
João Paulo Cunha (PT-SP) entrará na quarta com representação no TSE contra Eduardo Jorge. Argumentará que, como funcionário público, o secretário-geral da Presidência não poderia ter ido ao tribunal discutir questões da campanha de FHC.


Amarelada tucana
O PSDB nacional trabalha para lançar o ex-deputado Marcelo Cordeiro como candidato ao governo da Bahia. Para evitar a ida do partido para a canoa de Waldir Pires (PT), o principal adversário dos Magalhães no Estado.


Falta de malícia
Alguns tucanos não entendem a lógica de o PSDB lançar candidato próprio na Bahia, pois isso facilita a vida de ACM. Até para enfraquecer o cacique baiano no cenário nacional, dizem, seria recomendável dificultar-lhe a vitória no próprio quintal.

Revisionismo tucano

Signatário do AI-5 (Ato Intitucional nº 5), que revogou garantias individuais em 68, Jarbas Passarinho (PPB) deve ser o candidato ao Senado na chapa de Almir Gabriel (PSDB), que disputará a reeleição no Pará.


Festa no interior
O PFL de Antonio Cabrera, ex-ministro de Collor, e membros da UDR paulista preparam-se para receber Paulo Maluf (PPB) na próxima quinta, em Gastão Vidigal, cidade natal do pefelista, no interior do Estado.

Abre do painel 2 segunda

Vara curta
Os governistas do PMDB adoram espinafrar Itamar Franco. Agora, espalham que ele não tem tanto prestígio em Minas. Prova: ao contrário de Ciro Gomes, que levou quatro deputados para o PPS, Itamar não levou nem o amigo Raul Belém (PFL).

Golpe de mão
O Planalto teme a direção dos trabalhos na convenção do PMDB. Da última vez, enquanto os aliados discutiam o apoio à reeleição, Marcelo Barbieri (SP) pôs em votação e aprovou moção contraria à tese.




Os governistas do PMDB não querem nem ouvir falar de adiar a convenção para junho. Avaliam que precisam dar um sinal de negócio a FHC agora. Sob pena de perderem muito espaço para o PFL e o PSDB.



Se o PMDB decidir pela candidatura própria, FHC terá dois problemas. Além do risco de perder o apoio do partido na reeleição, os aliados apostam que será dificil ter alguma vitória na votação dos destaques da reforma da Previdência.




Depois de engolir a indicação de Afif Domingos para a Secretaria do Planejamento, o prefeito paulitano, Celso Pitta, endureceu a negociação com o PFL para a substituição de Maurício Najar, do Bem-Estar Social.


Semana da mulher

Nana Caymmi, Leila Pinheiro e Flávio Venturini fazem o show "Pelos Direitos Humanos das Mulheres", promovido pelo Conselho Estadual da Condição Feminina, sábado e domingo no Memorial da América Latina.


Palanque dividido

FHC enfrenta problemas no Piauí. O PSDB tende a ter candidato contra o governador Mão Santa (PMDB) e o senador Hugo Napoleão (PFL). O nome mais provável é o do ex-prefeito de Teresina Francisco Gerardo.
Nem pão-de-queijo
Os governistas do PMDB adoram espinafrar Itamar Franco. Dizem agora que ele não tem tanto prestígio em Minas. Prova: ao contrário de Ciro Gomes, que levou quatro deputados para o PPS, Itamar não levou nem o amigo Raul Belém (PFL).

Golpe de mão
O Planalto teme a direção dos trabalhos na convenção do PMDB. Da última vez, enquanto os aliados discutiam o apoio à reeleição, Marcelo Barbieri (SP) pôs em votação e aprovou moção contraria à tese.


Hora H
Os governistas do PMDB não querem nem ouvir falar de adiar a convenção para junho. Avaliam que precisam dar um sinal de negócio a FHC agora. Sob pena de perderem muito espaço para o PFL e o PSDB.


Reformas em risco
Se o PMDB decidir pela candidatura própria, FHC terá dois problemas. Além do risco de perder o apoio do partido na reeleição, os aliados apostam que será difícil ter alguma vitória na votação dos destaques da reforma da Previdência.


A revolta do perdedor
Depois de engolir a indicação de Afif Domingos para a Secretaria do Planejamento, o prefeito paulistano, Celso Pitta, endureceu a negociação com o PFL para a substituição de Maurício Najar, do Bem-Estar Social.


Palanque dividido
FHC enfrenta problemas no Piauí. O PSDB tende a ter candidato contra o governador Mão Santa (PMDB) e o senador Hugo Napoleão (PFL). O nome mais provável é o do ex-prefeito de Teresina Francisco Gerardo.

TIROTEIO

Do vereador Adriano Diogo (PT-SP), sobre as mudanças no secretariado de Celso Pitta:
- Maluf, que já operava o governo por fora, está terminando de destruir a autoridade de Pitta para se eleger governador. A saída de Reynaldo de Barros da secretaria ligada à coleta de lixo faz parte dessa estratégia.
CONTRAPONTO
Métrica malufista

Pré-candidato ao Senado pelo PFL, o ex-ministro da Agricultura (governo Collor) Antonio Cabrera tem rodado o interior paulista em busca de apoio.
Em Quintana, cidade perto de Marília, encontrou-se com João Alves, duas vezes prefeito.
No meio da conversa, Alves contou que quando fora prefeito pela primeira vez levara o maior susto de sua vida. Paulo Maluf, então governador, fora à cidade entregar um cheque simbólico para um conjunto habitacional.
- Preparei uma grande festa. Todos estavam na praça com a melhor roupa- contou Alves.
Mas, ao pegar o microfone para discursar, Maluf levou um choque e ficou em silêncio.
- Eu pensei: "Perdemos a verba" - lembrou Alves.
Acostumado a faturar com incidentes, Maluf não perdeu a pose e disparou o trocadilho com seu sotaque anasalado:
- Oh, João! Eu venho trazer o cheque, e vocês me recebem com um choque!



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