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PARANÁ
MST critica arquivamento de processo
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Um ato organizado pelo MST
(Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra) inaugurou
ontem em Campo Largo, região
metropolitana de Curitiba, um
monumento dedicado a Antônio Tavares Pereira, morto no
ano passado em conflito com a
Polícia Militar. Segundo o MST,
havia 5.000 pessoas -a PM estimou em 3.000 os manifestantes.
O monumento, projetado pelo
arquiteto Oscar Niemeyer, tem
11 metros de altura e foi erguido
no local onde o sem-terra foi
morto, no km 107 da BR-277.
Durante o ato, o arquivamento do caso foi criticado. A decisão da Justiça Militar baseou-se
em parecer do Ministério Público e em laudo pericial indicando
indicou que o tiro disparado pelo PM Joel de Lima Santa Ana ricocheteou no chão antes de atingir Pereira, o que descaracterizaria a intenção de matar.
O protesto serviu também como abertura informal do "Tribunal Internacional dos Crimes
do Latifúndio e da Política Governamental de Violação dos
Direitos Humanos no Paraná",
que vai reunir ativistas dos direitos humanos de oito países.
O tribunal será presidido pelo
vice-prefeito de São Paulo, Hélio
Bicudo, e contará com a presença do argentino Adolfo Perez Esquivel, Nobel da Paz de 1980.
(DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA)
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