São Paulo, domingo, 02 de junho de 2002

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Interesses locais moldam partido

DA REDAÇÃO

A existência de um certo grau de incerteza a respeito da convenção do PMDB, que será realizada no próximo dia 15, condiz com a característica fundamental do partido: a de ser uma federação de interesses regionais e fisiológicos, sem coerência ideológica e programática em nível nacional.
Característica inscrita no partido desde sua criação, em 1979, e que já vem do MDB, sigla da qual se originou e que encontrava seu sentido no fato de ser a única oposição legal no regime militar.
A dificuldade de articular os diversos interesses regionais, organizados em torno de caciques locais, se expressa nos empecilhos que surgem à coligação entre PSDB e PMDB em vários Estados.
E o cálculo político sem cerimônia de setores do partido reforça as dificuldades da aliança. A liderança de Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas atrai para a candidatura petista até mesmo peemedebistas que não se alinham com os oposicionistas da legenda.
Na história recente do PMDB, o grupo governista, liderado pelo deputado Michel Temer (SP), tem levado a melhor. Na última convenção, Temer foi eleito presidente da legenda com 62,7% dos votos válidos contra 37,2% para Maguito Vilela (GO). Apesar disso, a oposição às vezes consegue atrapalhar. Em 1998, barrou o apoio oficial do partido à reeleição de Fernando Henrique Cardoso.



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