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HORA DAS CONCLUSÕES
Palocci e Okamotto podem ser indiciados pela CPI dos Bingos
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Relatório preliminar da
CPI dos Bingos concluiu que
há elementos para pedir os
indiciamentos do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda), do chefe-de-gabinete da
Presidência, Gilberto Carvalho, e do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.
Elaborado por consultores
do Senado, o texto foi entregue ontem ao relator Garibaldi Alves (PMDB-RN), que
pretende analisá-lo para fazer as considerações finais e
apresentá-lo na terça-feira à
comissão. "Sabemos dos elementos, mas temos de ver a
consistência. Fazer esses pedidos ao Ministério Público é
muito sério", disse Garibaldi.
A bancada governista já
definiu sua estratégia. Aceita
que os casos envolvendo Palocci, Okamotto e Carvalho
sejam mencionados no relatório. Contudo, não permitirá pedidos de indiciamentos
contra os três.
"Vamos manter a coerência. Tudo que considerarmos
fora do objeto da CPI será
questionado", disse Ideli Salvatti (SC), líder do PT no Senado. Por ter conquistado a
maioria recentemente na comissão, os governistas dizem
ter força para derrubar o relatório de Garibaldi.
Relatório
O relatório abre com citações a Okamotto por conta
das denúncias do ex-petista
Paulo de Tarso Venceslau,
que o acusou de comandar
um esquema de arrecadação
de recursos para caixa dois
em prefeituras do PT. Okamotto nega as acusações.
Okamotto também será citado por conta da denúncia
de que o PT recebeu R$ 1 milhão para a campanha presidencial de 2002 e será lembrado por conta do pagamento de uma dívida de R$
29,4 mil de Lula com o PT.
O relatório também avalia
que o assassinato do prefeito
de Santo André, Celso Daniel, foi um crime político e
está relacionado com atos de
corrupção. Essa argumentação é usada para fundamentar o pedido de indiciamento
do chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Segundo dois irmãos de Celso Daniel, ele teria dito que levava
à sede do PT dinheiro arrecadado irregularmente na prefeitura. Carvalho nega.
Antonio Palocci é citado
por conta das acusações de
corrupção em Ribeirão Preto
e também pela violação do sigilo bancário do caseiro
Francenildo Costa.
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