São Paulo, sexta-feira, 02 de junho de 2006

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HORA DAS CONCLUSÕES

Palocci e Okamotto podem ser indiciados pela CPI dos Bingos

ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Relatório preliminar da CPI dos Bingos concluiu que há elementos para pedir os indiciamentos do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda), do chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto.
Elaborado por consultores do Senado, o texto foi entregue ontem ao relator Garibaldi Alves (PMDB-RN), que pretende analisá-lo para fazer as considerações finais e apresentá-lo na terça-feira à comissão. "Sabemos dos elementos, mas temos de ver a consistência. Fazer esses pedidos ao Ministério Público é muito sério", disse Garibaldi.
A bancada governista já definiu sua estratégia. Aceita que os casos envolvendo Palocci, Okamotto e Carvalho sejam mencionados no relatório. Contudo, não permitirá pedidos de indiciamentos contra os três.
"Vamos manter a coerência. Tudo que considerarmos fora do objeto da CPI será questionado", disse Ideli Salvatti (SC), líder do PT no Senado. Por ter conquistado a maioria recentemente na comissão, os governistas dizem ter força para derrubar o relatório de Garibaldi.

Relatório
O relatório abre com citações a Okamotto por conta das denúncias do ex-petista Paulo de Tarso Venceslau, que o acusou de comandar um esquema de arrecadação de recursos para caixa dois em prefeituras do PT. Okamotto nega as acusações.
Okamotto também será citado por conta da denúncia de que o PT recebeu R$ 1 milhão para a campanha presidencial de 2002 e será lembrado por conta do pagamento de uma dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT.
O relatório também avalia que o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, foi um crime político e está relacionado com atos de corrupção. Essa argumentação é usada para fundamentar o pedido de indiciamento do chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Segundo dois irmãos de Celso Daniel, ele teria dito que levava à sede do PT dinheiro arrecadado irregularmente na prefeitura. Carvalho nega.
Antonio Palocci é citado por conta das acusações de corrupção em Ribeirão Preto e também pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.


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