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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Tudo parado
A reforma política colocou em lados opostos a bancada do PT na Câmara e dirigentes da Executiva Nacional, que passaram a cobrar dos deputados rápida
definição sobre financiamento público de campanha
e voto fechado em lista. A sigla tenta obter consenso
desde o início do ano, mas tem apenas divulgado resoluções vagas por resistência de parte dos parlamentares, que temem perder espaço com as mudanças.
A desavença não se dá entre as diferentes tendências internas, como costuma ocorrer no partido. Em
reunião da direção, na segunda, haverá nova tentativa
de acordo. Como o quadro se repete em legendas como PSDB e PMDB, o plano do presidente da Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), de colocar a reforma em
votação no próximo dia 12 deve ir por água abaixo.
Vacina. Tão logo concluiu
uma licitação para obras de
saneamento em Peruíbe (SP),
o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, enviou um ofício
ao Tribunal de Contas do Estado avisando que uma das integrantes do consórcio vencedor é a enrolada Gautama.
Protesto. Um grupo de advogados, Antônio Mariz de
Oliveira à frente, terá reunião
com o ministro Tarso Genro
(Justiça) na terça-feira, em
Brasília, para formalizar queixas sobre a conduta da Polícia
Federal. José Mentor (PT-SP), personagem do mensalão
e da CPI do Banestado, intermediou o encontro.
Ponto cego. De Carlos Zarattini (PT-SP), que acusa os
deputados do PSDB de usarem dados errados na CPI do
Apagão Aéreo na Câmara para
atacar o governo: "Os tucanos
perderam há tempos seu contato com a torre de comando".
Na caneta. Governo e sindicalistas decidiram que todas as alterações trabalhistas
previstas para os próximos
meses serão feitas por medida
provisória. "Projeto de lei sobre esse tema não costuma
sair do lugar", diz o deputado
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical.
Pantagruélico. O banquete servido a Lula e às demais
autoridades no jogo entre as
seleções de Brasil e Inglaterra
ontem incluía jantar com entrada, prato principal e sobremesa, lanche no intervalo do
jogo e um festival de queijos e
frutas depois do apito final.
Embarque. Depois de lançada no Rio, com a presença
do ministro Fernando Haddad (Educação), a tese da turma da "refundação" do PT para o 3º Congresso do partido,
o deputado Jorge Bittar reuniu aliados no Estado e acertou a adesão ao grupo capitaneado por Tarso Genro.
De berço. O PSOL debaterá
nada menos do que 14 teses
em seu 1º Congresso, que
ocorre na semana que vem, no
Rio. O PT, do qual a sigla é dissidente, terá 12 textos do gênero para discutir em evento
similar que ocorre em agosto.
Independente. Em frente
à nova sede da representação
do governo gaúcho em Brasília, inaugurada nesta semana
em uma ampla casa do Lago
Sul, um letreiro anuncia:
"Embaixada do Rio Grande".
Moda. Em meio ao litígio do
governo com as universidades, a Assembléia paulista
acaba de criar uma frente parlamentar para apoiar "a autonomia financeira do Poder
Judiciário". A iniciativa foi do
tucano Rodolfo Costa e Silva e
ganhou adesão até do líder do
PSDB, Mauro Bragato.
Armistício. Até há pouco
inimigos dentro do PP paulista, os deputados Paulo Maluf
e Celso Russomano iniciaram
negociação para uma dobradinha na disputa da Prefeitura de São Paulo em 2008.
Visita à Folha. José Gomes Temporão, ministro da
Saúde, visitou ontem a Folha.
Estava acompanhado de Homero Viana, assessor especial
e chefe da divisão de Publicidade e Promoção Institucional, de Andrea Cordeiro, chefe da assessoria de imprensa,
e de Ricardo Fantoni, diretor
do Núcleo de Mídia da pasta.
Tiroteio
"Em seus delírios autoritários, Chávez é
tão patético que só nos resta esperar que
ele faça uma nota de retratação dizendo
que foi sem querer, querendo".
Do presidente do PPS, ROBERTO FREIRE (PE), usando o bordão do personagem do programa humorístico mexicano "Chaves" para responder
aos ataques do presidente Venezuelano ao Congresso brasileiro.
Contraponto
Muito suspeito
O deputado estadual José Augusto (PSDB) seguia para
reunião na periferia de Diadema, na Grande SP, quando
uma viatura ligou as sirenes bem atrás do carro oficial
que o transportava. Pensando que os policiais queriam
passagem, o motorista deslocou-se para a direita, mas a
viatura continuou onde estava. Quando o carro do parlamentar finalmente parou, os policiais saltaram com armas na mão, para espanto de um transeunte:
-O que é isso? Esse é o deputado José Augusto!
Sem jeito, um dos policiais procurou se explicar:
-Carro grande, placa oficial, fora de época de eleição...
Por estas bandas, achamos que só podia ser seqüestro!
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