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São Paulo, Quarta-feira, 02 de Junho de 1999
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PAINEL Fogo tucano O PSDB desistiu de Mendonção no governo, mas continua de olho na cadeira de Lafer (Desenvolvimento). O ministro até que tenta se cacifar politicamente, mas outros nomes correm por fora. Pimenta da Veiga (Comunicações), por exemplo. Serviço prestado Pimenta está queimado no Congresso, principalmente com o PMDB, mas FHC é grato ao ministro, que se expôs ao defendê-lo no caso do grampo do BNDES. Não foi a defesa dos sonhos dos tucanos, mas o deixou muito bem com o Planalto. Sem saída O senador Luiz Estevão (PMDB-DF) vai depor na CPI do Judiciário. Espontaneamente ou convocado. Motivo: a comissão acha que, depois de convocar juízes, jogaria todo seu trabalho por terra se resolvesse ignorar denúncias contra um dos seus. Sem apelação Detalhe da pesquisa CNT/Vox Populi divulgada ontem: 89% da população condena o uso de avião do governo para viagens pessoais, como o fez boa parte do governo em vôos até a ilha de Fernando de Noronha. Comuns mortais ""Habitués" da FAB têm nova rotina depois que a sinecura veio a público. Brindeiro (Ministério Público) e Paulo Renato (Educação) chegaram ontem a Brasília em vôos de carreira. Gato escaldado O projeto que proíbe a venda de armas enfrenta oposição da bancada gaúcha. É que as principais fábricas do país ficam no RS, que ainda não superou o trauma de haver deixado a fábrica da Ford escapar por entre os dedos. Momento de engorda A bancada governista na Assembléia paulista está engordando mais pelos lados do PPS do que pelo do PSDB. Depois da adesão de três peemedebistas, poderão ingressar naquele partido deputados do PDT e do PSB. Água por água O governo paulista debita as resistências de prefeitos e deputados estaduais à privatização das usinas da Cesp à confusão com a hidrovia de mesmo nome. O vice, Geraldo Alckmin, está em campo, tentando explicar que só as geradoras serão vendidas. Bons meninos Foi desmobilizada ontem a Missão de Observadores Militares Equador-Peru, chefiada pelo Brasil. Os dois países prometem não mais guerrear. Esfinge cearense A Assembléia do Ceará aprovou por unanimidade moção de apoio à criação da CPI da privatização das telefônicas. Com o voto da bancada tucana de Tasso Jereissati. Detalhe: Carlos, irmão do governador, é do consórcio que Mendonção e André Lara Resende queriam derrotar. Apoio eterno Comentário de um maldoso cacique pefelista ao saber que a pesquisa CNT-Vox Populi dava só 15% de ótimo e bom para FHC: ""Poxa, como ainda tem banqueiro no país, hein?!". Mais uma escorregada Repercutiu mal ontem no Congresso FHC ter dito ""Sabe Deus quem vai estar vivo", ao comentar a precipitação da disputa presidencial de 2002 em entrevista na noite de anteontem. Desagradou a tucanos e a pefelistas. Bate e assopra Enquanto ACM procurava dar por encerrada a polêmica Serra-Ornélas, Eduardo Paes (PFL-RJ) foi à tribuna em nome de seu partido na Câmara para qualificar o ministro da Saúde de demagógico e eleitoreiro. Contas de chegar O PT, que voltou a conversar com Covas, pressiona o governador para que a Fundação Seade não modifique seu cálculo sobre o desemprego. Que sempre dá índices maiores que o IBGE. Buscando aliados Presidente da Câmara, Temer aproveitou uma reunião política com cerca de 300 empresários anteontem, em São Paulo, para pedir pressão pela reforma tributária. ""Se não houver mobilização, vai ser difícil que ela saia." TIROTEIO Do diretor da Associação dos Magistrados Brasileiros Luiz Felipe Salomão, ao falar do relatório de Aloysio Nunes (PSDB) sobre a reforma do Judiciário: - Não atende a nenhum interesse do cidadão, que quer uma Justiça rápida, prática e eficiente. A proposta dos juízes, que prevê a quarentena de entrada nos tribunais superiores e eleições de juízes, é muito mais progressista. CONTRAPONTO Não tem mais jeito O diretório municipal do PT paulistano reuniu-se na semana passada para um balanço dos resultados da CPI das regionais, instalada na Câmara, e da tentativa frustrada de iniciar o processo de impeachment contra o prefeito Celso Pitta (PPB). O resultado era francamente negativo para o partido. O prefeito, aparentemente, conseguira escapar do risco de ter de enfrentar um processo que o afastaria e não seria sequer convocado a depor na CPI. Além disso, na opinião dos petistas, pairava o grande risco de um acordo pelo qual nenhum vereador seria cassado. Um dirigente otimista ainda tentou elevar o ânimo do vereador Devanir Ribeiro: - Mas houve um saldo positivo. Nós conseguimos levantar muitas denúncias... Ribeiro, cruel, respondeu: - Positivo!? Como, positivo? Num dia a gente apanha (dos governistas). No outro, são eles que batem em nós... Próximo Texto: Relatório do TCU inocenta Mendonça, Resende e Pio Índice |
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