São Paulo, terça-feira, 02 de julho de 2002

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SÃO PAULO

Heitor Pinto Filho acompanha ex-prefeito desde a Arena e preside associação de universidades particulares

Maluf escolhe dono da Uniban para vice

Márcio Fernandes/Folha Imagem
Maluf (esq.) com o candidato do PPB a vice, Heitor Pinto Filho


CLÁUDIA CROITOR
DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato ao governo de São Paulo pelo PPB, Paulo Maluf, anunciou ontem o nome do reitor da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo), Heitor Pinto Filho, como vice em sua chapa.
Filiado ao PPB, Pinto Filho é um dos criadores da Uniban -que tem cerca de 30 mil alunos- e é presidente da Anup (Associação Nacional das Universidades Particulares). O vice é ligado ao ex-prefeito desde os tempos da Arena (partido que dava sustentação ao regime militar no país). Pelo partido, Pinto Filho participou da convenção que elegeu Maluf candidato ao governo de São Paulo, em 1978. Ele nunca se candidatou a nenhum cargo eletivo.
"[O nome para vice" Foi uma escolha difícil. O professor Heitor vai ter a incumbência de fazer da educação pública uma educação da maior qualidade", disse Maluf.
Durante a apresentação do vice, tanto Maluf quanto Pinto Filho fizeram várias críticas à política de educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB), especialmente o chamado sistema de "progressão continuada", no qual aluno cumpre um ciclo de quatro anos na escola sem reprovação.
"Com esse sistema, o professor perdeu sua função de docente. Essa aprovação continuada não existe pedagogicamente", afirmou Pinto Filho. "É preciso que a educação envolva o Estado. A segurança hoje é uma perdição porque a educação não foi bem desenvolvida."

Exportações e privatizações
Antes do anúncio do vice, Maluf participou do debate "Que Brasil Queremos, Que Brasil Teremos", promovido pela ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), em São Paulo. Defendeu o aumento de exportações como forma de gerar empregos e disse que pode aderir à guerra fiscal para atrair indústrias ao Estado.
"O maior parque industrial não pode ver suas empresas indo embora. Se precisar ir para a guerra fiscal para manter empregos em São Paulo, eu irei. Se todos os Estados dão incentivos fiscais às empresas, vamos dar também".
Fazendo alusões ao governo Alckmin durante todo o tempo, Maluf criticou a política de privatizações do Estado.
"A Nossa Caixa, o que restou da Cesp e a Sabesp não serão vendidas no meu governo. A política do atual governo, que vendeu ativos para saldar dívidas que não foram pagas foi a mais criminosa. Isso não salvou São Paulo, apenas quebrou o Estado", afirmou.
O radialista Paulo Lopes, filiado ao PL, recusou ontem o convite para disputar a eleição ao Senado pela coligação regional PPB-PL. Apresentador de um dos programas de maior audiência no rádio em São Paulo, Lopes alegou motivos pessoais e profissionais ao recusar a candidatura.


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