|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRANSIÇÃO NO ESCURO
Aécio diz que FHC não o informou sobre nenhuma medida para conter crise, mas que Câmara "está de prontidão"
Congresso diz que vota medida anticrise
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os presidentes do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), e da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG),
afirmaram ontem que, se o governo apresentar medidas na área
fiscal para enfrentar a crise econômica, o Congresso terá condições
de votá-las mesmo durante a
campanha eleitoral.
"A Câmara estará de prontidão
à disposição do país. As eleições
não serão obstáculo para que, se
houver necessidade, a Câmara se
reúna para discutir proposta que
eventualmente chegue a esta Casa", afirmou Aécio. Ele disse, no
entanto, que até ontem o presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem esteve reunido, não
o havia informado sobre eventual
pacote econômico.
Para Tebet, os congressistas só
deverão ser chamados a Brasília
antes das eleições se houver votação de propostas ""do interesse do
país". Do contrário, eles deverão
ficar praticamente livres para se
dedicar às campanhas eleitorais.
""No Senado só terá votação
quando precisar. Se for para votar
uma proposta para enfrentar a
crise, por exemplo, sou a favor de
que a gente fique e vote."
Fim do recesso
O recesso parlamentar acabou
oficialmente ontem, mas os congressistas estão em campanha
eleitoral. Até o segundo turno, no
dia 27 de outubro, dificilmente
Câmara e Senado terão quórum
para votar propostas polêmicas.
Na próxima terça-feira, Tebet e
Aécio reunirão, separadamente,
líderes partidários para elaborar
uma pauta de votações para o período eleitoral.
Por enquanto, há duas medidas
provisórias trancando a pauta de
votação do Senado: a que aumentou o salário mínimo para R$ 200
a partir de 1º de abril e a que abre
crédito extraordinário em favor
da Justiça do Trabalho e do Ministério da Integração Nacional.
A pauta de votações da Câmara
também está trancada. Duas MPs
e um projeto com urgência constitucional estão com prazo de votação vencido. Na reunião de terça-feira, os líderes discutirão a
possibilidade de votar as três propostas na próxima semana.
A intenção de Aécio é liberar a
pauta da Câmara na próxima semana e colocar em votação, nos
dias 27 e 28 de agosto, o projeto
que muda as regras de cobrança
do PIS/Pasep, acabando com a
chamada cumulatividade (incidência do tributo em todas as fases da cadeia produtiva).
Até agora, a Câmara e o Senado
ainda não decidiram se haverá
sessão de votação em setembro.
Depois de outubro, a prioridade
do Congresso será a votação do
Orçamento da União de 2003,
além de 17 medidas provisórias
cujo prazo de votação vence a
partir de 30 de agosto.
(LUIZA DAMÉ e RAQUEL ULHÔA)
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Frases Índice
|