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Para DNA, há "armação" em queima de notas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O aparecimento de notas fiscais queimadas da DNA Propaganda foi uma "armação" para
prejudicar a imagem da empresa e provocar o pedido de
prisão preventiva de um de
seus sócios, Marcos Valério de
Souza -acusado de ser um
dos operadores do suposto
"mensalão".
A versão foi apresentada à
Justiça no último dia 19 pelos
advogados da DNA, em um pedido de "notificação judicial de
terceiros desconhecidos interessados em prejudicar a notificante [DNA]". Como não foi
direcionada a ninguém em
particular, a notificação -publicada no dia 21- funciona
apenas como um posicionamento formal da empresa.
No último dia 14, a Polícia Civil mineira apreendeu notas
fiscais da DNA -algumas intactas e outras parcialmente
queimadas- na casa de um irmão do contador da empresa.
No dia seguinte, houve
apreensão de mais papéis queimados com o timbre da DNA
nas imediações da casa do irmão do contador.
Valério foi denunciado (acusado formalmente) pelo Ministério Público mineiro por supressão de documentos na sexta-feira passada. Essa suspeita
foi o principal motivo do pedido de prisão preventiva de Valério aprovado pela CPI dos
Correios e negado pela Justiça.
Os advogados da DNA afirmam na notificação que a empresa foi "surpreendida por
notícias de que notas fiscais foram encontradas queimadas".
"Tudo leva a crer que o que
ocorreu foi uma armação [...],
pois propositalmente deixou
vestígios com a finalidade de
associar a destruição dos documentos com assuntos relacionados à CPMI dos Correios."
A DNA afirmou ainda, por
meio de seus advogados, que o
aparecimento dos documentos
teve como objetivo "provocar e
até mesmo facilitar" o pedido
de prisão de Valério, além de
tentar associar "as questões relativas à CPMI [dos Correios] a
uma pseudo-sonegação fiscal".
Além de Marcos Valério, foram denunciados pelo mesmo
crime o ex-policial civil Marco
Túlio Prata e o contador de Valério, Marco Aurélio Prata.
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