São Paulo, terça-feira, 02 de agosto de 2005

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SOB SUSPEITA

Ex-assessora do PT aponta caixa dois em Londrina

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A ex-assessora de finanças da campanha de reeleição de Nedson Micheleti (PR) à Prefeitura de Londrina (PR) Soraia Garcia reafirmou ontem, em depoimento à Polícia Federal, a acusação de um suposto caixa dois no comitê petista, que teria movimentado R$ 6,5 milhões. "Ela não arredou pé de nada do que disse ao Ministério Público", disse o procurador eleitoral Sérgio Corrêa de Siqueira, que pediu o inquérito.
Ao Ministério Público, dia 27, Soraia disse que o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o presidente do PT do Paraná, deputado estadual André Vargas, eram intermediários de dinheiro não declarado que o Diretório Nacional enviava a Londrina. Bernardo, à época, exercia o mandato de deputado federal.
Ontem o promotor eleitoral disse que orientou a PF a iniciar a busca de provas na tentativa de confirmar algumas das acusações feitas por Soraia.
Em nota divulgada sexta-feira, Paulo Bernardo disse repudiar com veemência o que classificou de "insinuações caluniosas".
Micheleti disse que espera investigação rápida da PF. Disse também que seria impossível encobrir um gasto de R$ 6,5 milhões numa disputa eleitoral em Londrina. O presidente do PT estadual, André Vagas, diz que as acusações de Soraia "são mentirosas". Segundo ele, a ex-assessora "é uma chantagista".


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