|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SENADO
Depoimento de técnicos do TCU provoca 1º embate na CPI
FERNANDA ODILLA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O depoimento de técnicos
do TCU (Tribunal de Contas
da União) sobre auditorias
feitas na refinaria Abreu e Lima (PE) gerou o primeiro
embate direto entre governistas e oposicionistas na
CPI da Petrobras.
Os auditores André Delgado e André Mendes informaram que a própria estatal reconheceu sobrepreço de R$
64 milhões nas obras. Eles
mostraram que a Petrobras
está renegociando ao menos
dois contratos de itens comprados a valor bem acima do
mercado. Na execução da
obra, alguns valores ficaram
até 321% maiores que os previstos e outros mais baratos.
Segundo André Mendes, o
consórcio vencedor ficaria
hoje com um sexto lugar se
analisados os valores dos
itens já executados.
Os líderes governistas Romero Jucá (PMDB-RR), relator da CPI, e Ideli Salvatti
(PT-SC), tentaram desqualificar os critérios usados pelos auditores ao apontar as
irregularidades. Eles alegaram que o TCU segue uma legislação que não se aplica a
uma empresa de economia
mista como a Petrobras.
Tasso Jerreissati (PSDB-PE) comparou a estratégia
ao julgamento da denúncia
contra o ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP) por quebra do sigilo fiscal do caseiro
Francenildo Costa. Palocci
foi inocentado. "É despropositada a tentativa de jogar para o TCU a responsabilidade
pelas irregularidades", disse.
Alvaro Dias (PSDB-PR) revelou que a estatal contratou
para rebater a fiscalização a
mesma empresa que fez o orçamento inicial para as obras
da sede do TRT em São Paulo, onde houve desvio de recursos nos anos 90.
O dono da empresa, Mário
Sérgio Pini, disse que o trabalho da companhia não tem
relação com a execução das
obras do TRT e da refinaria.
A Petrobras questiona no
TCU as falhas apontadas.
Texto Anterior: Saúde: Alencar retoma em SP sessões de quimioterapia Próximo Texto: Foco: Quem governa apenas com a cabeça esquece os desesperados, diz Lula Índice
|