São Paulo, quarta-feira, 02 de outubro de 2002

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Alckmin repete Maluf e diz que preso rebelde vai dormir no chão

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao comentar as ameaças de que uma onda de rebeliões está programada para ocorrer no domingo, dia da eleição, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) repetiu o que havia dito Paulo Maluf (PPB) em agosto último, quando questionado sobre suas propostas para a área de segurança pública.
"Pôs fogo no colchão? O bandido vai dormir no chão", disse Maluf, no dia 13 de agosto, em entrevista ao "SPTV", da TV Globo.
"O preso tocou fogo no colchão, além de não ter o colchão, ainda vai para regime disciplinar diferenciado", afirmou Alckmin ontem, em visita a um shopping center da zona sul de São Paulo.
"O governo não recua um milímetro na determinação de enfrentar essas organizações", completou o tucano Alckmin.
A afirmação do governador está amparada em resolução baixada em março último, após a série de rebeliões lideradas pela organização criminosa PCC no Estado.
De acordo com a resolução, que vem sendo chamada de "Código de Represália", os equipamentos e materiais destruídos por presos em rebeliões não serão repostos.
O governador paulista tem centrado sua campanha à reeleição em um discurso de direita -especialmente no âmbito do combate à violência-, historicamente encampado por Maluf.
Na reta final rumo ao primeiro turno, Alckmin deverá radicalizar ainda mais suas propostas e se antecipar a uma possível polarização com José Genoino (PT) no segundo turno das eleições.
A campanha tucana irá criticar a defesa dos direitos humanos dos presos feita por membros do PT. (JAB)



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