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SOCIAL AOS PEDAÇOS
Coordenadores vêem adesão "espetacular"
Governo aponta apenas 10 Estados interessados no Bolsa-Família
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apenas dez Estados demonstraram para o governo federal que
estão interessados em participar
de imediato do programa unificado de renda, o Bolsa-Família.
Da lista dos interessados, apresentada ontem pelos coordenadores do programa, Ana Fonseca
e Ricardo Henriques, ficaram fora
Estados como São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Bahia, que
estão entre os maiores e mais populosos da Federação.
A primeira parte, 1,2 milhão de
famílias beneficiadas, começará a
receber a bolsa neste mês. Até dezembro, o governo espera atender
a 3,6 milhões de famílias.
Apesar de mais da metade dos
governadores ainda estar fora da
chamada "pactuação" entre
União e Estados, Fonseca e
Henriques classificaram a adesão
de "espetacular" e já dizem que a
meta global de atendimento, de
11,4 milhões de famílias, poderá
ser atingida antes do final de 2006.
Em entrevista ontem, no Palácio do Planalto, Fonseca e
Henriques afirmaram que dez governadores manifestaram interesse imediato em participar do
Bolsa-Família com investimento
de recursos próprios.
Esse dinheiro seria utilizado para pagar as famílias que receberão
mensalmente entre R$ 50 e R$ 95
do governo federal. Com o reforço de caixa desses governadores,
esses valores poderão ser aumentados. Há ainda a possibilidade de
ampliar a cobertura do Bolsa-Família nesses Estados.
Na lista desses Estados, apenas o
Rio Grande do Sul figura entre os
mais ricos e populosos do país. Os
demais Estados que iniciaram entendimentos com o governo federal são Goiás, Amazonas, Amapá,
Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Tocantins e Paraíba, além do
Distrito Federal. Desses dez, três
são governados pelo PT, três pelo
PSDB, dois pelo PMDB, um pelo
PSB e um pelo PDT.
Segundo Ricardo Henriques, o
principal objetivo do governo é
ampliar e fazer a checagem do Cadastro Único -a listagem de todos os pobres do país.
Segundo ele, nos Estados em
que o cadastramento está atrasado, caso do Rio e do DF, será necessário investir pesado para aumentar o número de cadastrados,
e o governo federal vai ajudar.
(GABRIELA ATHIAS e WILSON SILVEIRA)
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