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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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SOCIAL AOS PEDAÇOS

Coordenadores vêem adesão "espetacular"

Governo aponta apenas 10 Estados interessados no Bolsa-Família

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apenas dez Estados demonstraram para o governo federal que estão interessados em participar de imediato do programa unificado de renda, o Bolsa-Família.
Da lista dos interessados, apresentada ontem pelos coordenadores do programa, Ana Fonseca e Ricardo Henriques, ficaram fora Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, que estão entre os maiores e mais populosos da Federação.
A primeira parte, 1,2 milhão de famílias beneficiadas, começará a receber a bolsa neste mês. Até dezembro, o governo espera atender a 3,6 milhões de famílias.
Apesar de mais da metade dos governadores ainda estar fora da chamada "pactuação" entre União e Estados, Fonseca e Henriques classificaram a adesão de "espetacular" e já dizem que a meta global de atendimento, de 11,4 milhões de famílias, poderá ser atingida antes do final de 2006.
Em entrevista ontem, no Palácio do Planalto, Fonseca e Henriques afirmaram que dez governadores manifestaram interesse imediato em participar do Bolsa-Família com investimento de recursos próprios.
Esse dinheiro seria utilizado para pagar as famílias que receberão mensalmente entre R$ 50 e R$ 95 do governo federal. Com o reforço de caixa desses governadores, esses valores poderão ser aumentados. Há ainda a possibilidade de ampliar a cobertura do Bolsa-Família nesses Estados.
Na lista desses Estados, apenas o Rio Grande do Sul figura entre os mais ricos e populosos do país. Os demais Estados que iniciaram entendimentos com o governo federal são Goiás, Amazonas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Tocantins e Paraíba, além do Distrito Federal. Desses dez, três são governados pelo PT, três pelo PSDB, dois pelo PMDB, um pelo PSB e um pelo PDT.
Segundo Ricardo Henriques, o principal objetivo do governo é ampliar e fazer a checagem do Cadastro Único -a listagem de todos os pobres do país.
Segundo ele, nos Estados em que o cadastramento está atrasado, caso do Rio e do DF, será necessário investir pesado para aumentar o número de cadastrados, e o governo federal vai ajudar.
(GABRIELA ATHIAS e WILSON SILVEIRA)


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