São Paulo, sexta-feira, 02 de novembro de 2001 |
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PANORÂMICA RIO Relatório final de CPI que investiga irregularidades em privatizações é aprovado A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro que examinou as privatizações feitas pelo Estado no governo passado aprovou seu relatório final e decidiu enviar suas conclusões para exame dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, da Polícia Federal e da Receita Federal. Segundo o deputado estadual Chico Alencar (PT), relator da CPI, a Comissão detectou indícios de "irregularidades e ilegalidades" nos processos de privatização de sete empresas estatais, incluindo subavaliação do Banerj (Banco do Estado do Rio de Janeiro). De acordo com o deputado, além de subavaliações, a CPI considerou outros procedimentos irregulares, entre eles o fato de funcionários que participaram das preparações de empresas para serem vendidas terem assumido cargos de direção nas mesmas empresas após as privatizações. Alencar disse ainda que a CPI dedicou um capítulo especial às moedas de privatização usadas pelo Estado. A transformação pelo Estado de dívidas em moedas para uso nas desestatizações teria ajudado a capitalizar empresas que estariam à beira da falência, incluindo a Brasal, empresa acusada de ter falsificado documentos para ganhar licitações de fornecimento de comida aos presídios e delegacias do Estado. Segundo o deputado, a grande lacuna da CPI foi não ter conseguido ouvir o ex-secretário de Planejamento do Estado Marco Aurélio Alencar, filho do ex-governador Marcello Alencar (PSDB), responsável pela condução de todo o processo de privatização. Alencar está morando nos Estados Unidos. A Folha procurou Marcello Alencar, mas, em sua casa, informaram que ele está viajando e só volta na segunda-feira. (DA SUCURSAL DO RIO) Texto Anterior: Outro lado: "Multa aplicada é indevida", diz ex-secretário Próximo Texto: Questão indígena: Índios libertam reféns em Ubatuba (SP) Índice |
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