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São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2003

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Para ruralista, ONGs tumultuam campo

DA REDAÇÃO

As doações estrangeiras ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) preocupam fazendeiros. Entre eles, há quem veja nessas ações não um interesse por uma causa social, mas uma forma de comprometer a agricultura brasileira.
"As ONGs européias dão dinheiro para que o MST tumultue o campo. Querem desestabilizar a nossa agricultura. Acreditam que, dando dinheiro para os sem-terra, vamos ter uma produção menor e deixar de competir com a Europa", diz João de Almeida Sampaio Filho, presidente da Sociedade Rural Brasileira.
Sampaio Filho também não poupa críticas ao MST. Ele lembra que o movimento não é uma entidade juridicamente reconhecida.
Para ele, há um único motivo para isso: "Quando invadem fazenda e agência bancária, bloqueiam estrada, saqueiam caminhão e depredam pedágio, só é possível cobrar e processar se tiverem uma personalidade jurídica. Como não têm...".
Ele se refere ao fato de o movimento receber as doações por meio da Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola), por exemplo. O MST diz que a Anca não tem ligação direta com o movimento e que se trata de uma associação que apenas o apóia.
"O governo não pode negociar com gente assim", continua o presidente da Sociedade Rural Brasileira. "Eles vêm com essa conversa de que o agronegócio é errado, que é preciso primeiro matar a fome aqui dentro para só depois exportar. É um absurdo." (RW)


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