São Paulo, domingo, 02 de dezembro de 2001

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PAINEL

Avançar o sinal
Governadores e prefeitos de capitais do PFL preparam um manifesto no qual defendem a candidatura de Roseana e a entrega de todos os cargos federais do partido em janeiro. O documento deverá ser divulgado em seminário do PFL, marcado para dezembro em Brasília.

Discurso de ocasião
Os governadores do PFL alegam que vêm sendo pressionados pela base do partido para lançar Roseana oficialmente. "É mais fácil para todos fazer campanha com uma candidata forte e sem o desgaste de ser governista", explica um governador.

Ao sabor das pesquisas
Governadores de outros partidos já começam a embarcar na canoa de Roseana. O PFL já dá como certos os apoios do catarinense Esperidião Amin (PPB) e de Joaquim Roriz (PMDB), do Distrito Federal. E aposta que o paraibano José Maranhão (PMDB) será o próximo.

Eminência parda
Eliseu Padilha, mesmo após deixar o Ministério dos Transportes, continua despachando toda semana em Brasília a pedido de FHC. A sua principal missão é convencer a bancada do PMDB a votar favoravelmente ao governo no projeto de flexibilização da CLT.

Mudança de rota
Ciro Gomes (PPS) passou a priorizar suas viagens a cidades do interior em busca de destaque na mídia regional. Os assessores do presidenciável o aconselharam a deixar um pouco de lado o roteiro Rio-São Paulo-Brasília, onde, acreditam, só estaria colecionando más notícias.

Buraco negro
Levantamento feito pelo senador Amir Lando (PMDB), novo presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Casa, revela que há cerca de 260 processos parados no órgão. Algumas denúncias estão na gaveta desde 97, ainda na Legislatura passada.

Dança das cadeiras
Seis secretários de Alckmin já decidiram disputar a eleição. Para deputado federal concorrerão Walter Barelli (Trabalho), Mendes Thame (Recursos Hídricos) e Montoro Filho (Planejamento). Ricardo Tripoli (Meio Ambiente), João Caramez (Casa Civil) e Marcos Mendonça (Cultura) tentarão a Assembléia.

Não passa recibo
Mesmo com o desgaste do governo paulista na área de segurança pública, o PSDB conta também com a candidatura de Marco Vinicio Petrelluzzi para deputado federal. O secretário promete responder até o final do ano se aceitará concorrer.

Elle na frente
Fernando Collor (PRTB) lidera pesquisa de intenção de voto para o Senado em Alagoas, com 50%. É seguido pelos atuais senadores Renan Calheiros (PMDB), com 41%, e Teotônio Vilela Filho, com 35%.

Disputa equilibrada
Na disputa pelo governo alagoano, a pesquisa é liderada pela senadora Heloísa Helena (PT), que atingiu 31%, quatro pontos percentuais à frente de Calheiros. O atual governador, Ronaldo Lessa (PSB), tem 26%. O levantamento foi feito pelo instituto Ibrape, de Alagoas.

Economia de mercado
Ney Suassuna (Integração Nacional) afastou dois diretores da Sudene -Vagner Bittencourt e José Carrazedo- que eram cedidos pelo BNDES a um custo de R$ 100 mil mensais.

A volta do conselho
O Conselho de Ética do Senado recebeu pedido de abertura de processo de cassação de Antero Paes de Barros (PSDB-MT). O senador é acusado de ter omitido da prestação de contas da campanha eleitoral de 98 R$ 1,2 milhão devido a uma gráfica.

Apêndice petista
O PDT tenta aliar-se ao PT em SP e emplacar o deputado José Roberto Battochio como senador ou como vice de Genoino.

TIROTEIO

Do deputado Aloizio Mercadante (PT-SP), sobre as críticas de Pedro Malan ao PT e a Lula:
- Depois que não conseguiu legenda para disputar a eleição, o ministro se contenta com o papel de porta-desaforos do governo. É triste a sua decadência.

CONTRAPONTO

Lembrança de viagem

O presidente Fernando Henrique Cardoso foi a Tocantins numa sexta-feira no início de outubro para inaugurar uma hidrelétrica. Viajou no avião presidencial com parlamentares.
Durante o vôo, o presidente soube que receberia uma comenda do governador Siqueira Campos. FHC estava sem gravata, trajando calça e blazer, quando foi informado pelo cerimonial de que deveria ir ao evento com roupa social.
O presidente teve de pedir emprestada a gravata do senador Leomar Quintanilha (PFL). Na chegada ao palácio, FHC viu que o governador usava roupa esporte. Para não destoar, tirou a gravata e a colocou no bolso.
Nesse momento, um deputado brincou com Quintanilha:
- Essa gravata não volta para você nunca mais!
Na segunda-feira, o senador recebeu a peça de volta, com um pedido de desculpas.



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