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PLANEJAMENTO
Será preciso "congelar"
os gastos, diz Mantega
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo terá de controlar os
gastos, pois o Orçamento deste
ano prevê receitas que poderão
não se confirmar. O próprio ministro do Planejamento, Guido
Mantega, afirma que será preciso
"congelar" algumas despesas.
"[Os gastos" vão ter que ser
mantidos no congelador, enquanto não existir os recursos",
disse, referindo-se ao valor estabelecido para a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico) em decreto publicado em edição extra do "Diário
Oficial" da União de anteontem.
O valor da contribuição estabelecido pelo governo não aumenta
a arrecadação conforme o Congresso havia previsto no Orçamento deste ano. O governo pode
deixar de arrecadar até R$ 1,9 bilhão se não aumentar o valor da
contribuição.
No Orçamento aprovado, o governo contaria com R$ 10,7 bilhões com a arrecadação da Cide.
Para chegar a essa arrecadação, o
Congresso previu que o valor cobrado por litro de gasolina deveria passar de R$ 0,50 para R$ 0,59
(esse cálculo inclui a incidência de
PIS e Cofins). Com a Cide a R$
0,50, o governo arrecadou no ano
passado R$ 8,8 bilhões.
No decreto de ontem, embora o
governo tenha aumentado de R$
0,50 para R$ 0,54 o valor cobrado
por litro de gasolina, não haverá
aumento de arrecadação. A elevação nominal corresponde à cobrança de PIS e Cofins, cuja a receita não se elevará. Trata-se apenas de mudança na sistemática de
pagamento das contribuições.
A medida foi tomada, de acordo
com o deputado federal Luciano
Zica (PT-SP) para evitar sonegação do pagamento do PIS e da Cofins. No início da semana, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, com aprovação da equipe de transição, vetou o dispositivo da lei aprovada pelo Congresso
que vinculava 75% do recursos
arrecadados com a Cide para gastos em transporte. Esse veto libera
R$ 5,6 bilhões para outras áreas.
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