São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2005

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Délio é acusado de desviar R$ 7 mi de verbas da Sudam

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Laudelino Délio Fernandes Neto, apontado como facilitador da fuga de Vitalmiro Bastos de Moura (o Bida, suposto mandante do assassinato de Dorothy Stang), é acusado pela Procuradoria da República de ter desviado R$ 7.087.611,33 de verbas da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
Devido à acusação, Délio foi processado em junho de 2002 por estelionato qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso, formação de quadrilha e crime contra o sistema financeiro. Após a denúncia da Procuradoria Geral da República no Pará e em Tocantins, Délio foi preso em Altamira. À época, ele teve os bens seqüestrados pela 2ª Vara Federal da Justiça de Tocantins.
Segundo a Procuradoria, com apoio do então senador e hoje deputado federal Jader Barbalho (PMDB), Délio conseguiu aprovar, em 1998, os projetos das empresas Agropecuária Pedra Roxa S.A. e Agropecuária Vitória Régia S.A., das quais é procurador e proprietário, respectivamente.
Os projetos para produção de cacau e bovinocultura, no entanto, não saíram do papel, segundo a Procuradoria.
Délio tem sido citado por testemunhas do caso Dorothy. Com base nos depoimentos, a polícia localizou o carro de Bida -uma camionete Mitsubishi avaliada em R$ 90 mil- numa fazenda de Délio que fica dentro do lote de terras do PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança -onde a freira foi assassinada.
(KÁTIA BRASIL)


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