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Délio é acusado de desviar R$ 7 mi de verbas da Sudam
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Laudelino Délio Fernandes
Neto, apontado como facilitador da fuga de Vitalmiro Bastos
de Moura (o Bida, suposto
mandante do assassinato de
Dorothy Stang), é acusado pela
Procuradoria da República de
ter desviado R$ 7.087.611,33 de
verbas da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
Devido à acusação, Délio foi
processado em junho de 2002
por estelionato qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso, formação de quadrilha e crime contra o sistema
financeiro. Após a denúncia da
Procuradoria Geral da República no Pará e em Tocantins,
Délio foi preso em Altamira. À
época, ele teve os bens seqüestrados pela 2ª Vara Federal da
Justiça de Tocantins.
Segundo a Procuradoria,
com apoio do então senador e
hoje deputado federal Jader
Barbalho (PMDB), Délio conseguiu aprovar, em 1998, os
projetos das empresas Agropecuária Pedra Roxa S.A. e Agropecuária Vitória Régia S.A., das
quais é procurador e proprietário, respectivamente.
Os projetos para produção de
cacau e bovinocultura, no entanto, não saíram do papel, segundo a Procuradoria.
Délio tem sido citado por testemunhas do caso Dorothy.
Com base nos depoimentos, a
polícia localizou o carro de Bida -uma camionete Mitsubishi avaliada em R$ 90 mil- numa fazenda de Délio que fica
dentro do lote de terras do PDS
(Projeto de Desenvolvimento
Sustentável) Esperança -onde a freira foi assassinada.
(KÁTIA BRASIL)
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