São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2005

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Lavradores rompem com MST em Quipapá

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Os lavradores que moram no assentamento Bananeira, em Quipapá (200 km de Recife), onde um soldado da Polícia Militar de Pernambuco foi morto em 5 de fevereiro, decidiram ontem romper relações com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que até então controlava a gleba e seus moradores.
Os assentados rasgaram e pisaram na bandeira do movimento, dizendo que não aceitarão mais ser representados pelo MST.
Os trabalhadores rurais dizem que o movimento os abandonou depois do crime ocorrido no local e que seus líderes nada fizeram para ajudar os assentados presos.
A reação dos sem-terra se deve à acusação feita ontem pelo sargento da PM Cícero Jacinto da Silva, que esteve no local com a Polícia Civil para tentar reconhecer as pessoas que o agrediram e o mantiveram como refém no dia em que o soldado foi morto.
Silva apontou dez homens que, segundo ele, teriam participado de várias ações. Alguns, afirmou, o espancaram. Outros o teriam mantido em cárcere privado. Os demais foram acusados de depredar o carro em que os policiais estavam ou de retirar as armas da PM que estavam no veículo. Nenhuma pessoa chegou a ser presa.
Até ontem, seis pessoas estavam detidas, sendo cinco delas moradoras do assentamento.
O MST ela alega que não apóia pessoas envolvidas em crimes. O movimento diz que só voltará a se reunir com os assentados de Quipapá após o esclarecimento do caso. (FÁBIO GUIBU)


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