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Lavradores rompem
com MST em Quipapá
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Os lavradores que moram no
assentamento Bananeira, em
Quipapá (200 km de Recife), onde
um soldado da Polícia Militar de
Pernambuco foi morto em 5 de
fevereiro, decidiram ontem romper relações com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra), que até então controlava a gleba e seus moradores.
Os assentados rasgaram e pisaram na bandeira do movimento,
dizendo que não aceitarão mais
ser representados pelo MST.
Os trabalhadores rurais dizem
que o movimento os abandonou
depois do crime ocorrido no local
e que seus líderes nada fizeram
para ajudar os assentados presos.
A reação dos sem-terra se deve à
acusação feita ontem pelo sargento da PM Cícero Jacinto da Silva,
que esteve no local com a Polícia
Civil para tentar reconhecer as
pessoas que o agrediram e o mantiveram como refém no dia em
que o soldado foi morto.
Silva apontou dez homens que,
segundo ele, teriam participado
de várias ações. Alguns, afirmou,
o espancaram. Outros o teriam
mantido em cárcere privado. Os
demais foram acusados de depredar o carro em que os policiais estavam ou de retirar as armas da
PM que estavam no veículo. Nenhuma pessoa chegou a ser presa.
Até ontem, seis pessoas estavam
detidas, sendo cinco delas moradoras do assentamento.
O MST ela alega que não apóia
pessoas envolvidas em crimes. O
movimento diz que só voltará a se
reunir com os assentados de Quipapá após o esclarecimento do caso.
(FÁBIO GUIBU)
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