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"New York Times" enfoca disputa tucana
DA REDAÇÃO
A indefinição do PSDB entre o
prefeito de São Paulo, José Serra, e
o governador Geraldo Alckmin
(SP) como candidato do partido à
Presidência foi tema de uma reportagem publicada ontem pelo
jornal norte-americano "The
New York Times".
De autoria do correspondente
Larry Rohter, o texto "Oposição
brasileira ansiosa para escolher
um candidato à Presidência" diz
que a recuperação de Luiz Inácio
Lula da Silva nas pesquisas aumentou o "senso de urgência" no
PSDB, que teme que um atraso
maior na escolha "dê ao presidente uma chance de continuar sua
recente recuperação".
"Um ano atrás, o presidente Lula parecia imbatível e a oposição
tinha dificuldades de achar um
candidato disposto a se sacrificar.
Agora, no entanto, com o presidente enfraquecido pelo pior escândalo de corrupção na história
moderna do Brasil, o principal
partido da oposição tem um problema oposto: dois fortes postulantes para uma vaga só", diz a reportagem.
Rohter cita como principal vantagem de Serra o fato de ter ganhado força "entre os eleitores da
classe média que se arrependem
de ter votado em Lula na sua
quarta candidatura à Presidência". Já contra o prefeito, lista ele,
pesam "sua personalidade abrasiva e a longa lista de inimigos que
ele fez ao longo dos anos".
Alckmin, por sua vez, segundo
Rohter, é "altamente desconhecido" fora do Estado de São Paulo
-o que na análise de líderes partidários do PSDB não seria uma
"desvantagem fatal"- e é "alvo
de piadas por seu jeito suave e sua
falta de carisma". Recebe porém,
segundo o texto, "altas notas por
sua competência e honestidade".
Bebida
Rohter também dedica parte de
sua reportagem à recuperação de
Lula nas pesquisas. O correspondente do "New York Times", que
em 2004 esteve ameaçado de expulsão do Brasil por conta de uma
reportagem em que dizia que o
país estava preocupado com o fato de que Lula estaria abusando
do consumo de bebidas alcoólicas, agora registra o fato de o presidente ter deixado de beber, segundo disse em recente viagem à
África o ministro Luiz Fernando
Furlan (Desenvolvimento).
"O presidente está claramente
preparado para a luta. Ele perdeu
mais de 15 quilos graças a uma
nova dieta e a um regime de exercícios, e parou de consumir bebidas alcoólicas no fim do ano passado, de acordo com uma declaração de um ministro de Estado.
Ele também deixou o tom defensivo adotado no ápice do escândalo para voltar ao ataque", diz o
texto, depois de ressaltar que Lula
ainda não decidiu oficialmente se
se lançará candidato à reeleição.
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