São Paulo, segunda-feira, 03 de abril de 2000


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Entrega de cestas básicas pode atrasar

da Sucursal de Brasília

O atraso na votação do Orçamento da União para 2000 ameaça a distribuição de cestas de alimentos pelo governo federal nos bolsões de pobreza do país.
Algumas cidades já contam mais de 30 dias desde a entrega da última cesta.
Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgão subordinado ao Ministério da Agricultura, a distribuição tem sido mantida próxima da regular graças ao remanejamento de estoques.
As verbas liberadas desde o início do ano seriam suficientes apenas para dois meses do programa.
A liberação de recursos federais fica limitada a dois doze avos do valor dos gastos do ano anterior até a aprovação da lei orçamentária. A votação no plenário do Congresso deverá ocorrer apenas na próxima semana, com mais de três meses de atraso, de acordo com a previsão mais recente.
A situação mais complicada é registrada em municípios do Estado de São Paulo, principalmente no Vale do Paraíba.
Além do atraso da aprovação do Orçamento, a região foi afetada por problemas com fornecedores da Conab. O arroz comprado em leilão teve de ser devolvido porque o produto não atendia às especificações do edital.
A Conab descarta que o programa de distribuição de cestas esteja próximo de uma situação de risco, como a enfrentada no ano passado.
Por causa da falta de repasse de recursos para o Prodea (Programa de Distribuição de Alimentos), cerca de 8,6 milhões de pessoas ficaram sem receber as cestas durante quatro meses no segundo semestre de 1999.
A Conab distribui 1,7 milhão de cestas em 1.353 municípios atendidos pelo Programa Comunidade Solidária, 824 acampamentos de sem-terra e 705 comunidades indígenas.
Os beneficiários dessas cestas representam 30% dos brasileiros que vivem em estado de miséria extrema.
O programa emergencial de alimentos em áreas atingidas pela seca distribui mais 859 mil cestas em 394 municípios.


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