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São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2003

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Conselho ouve suposta gravação de pefelista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado ouvirá hoje uma fita de 8 minutos e 14 segundos com uma conversa gravada por um jornalista da revista "IstoÉ" na qual supostamente o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) falaria do grampo ilegal de telefonemas do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
A fita, que será apresentada pela primeira vez pelos jornalistas Luiz Cláudio Cunha e Weiller Diniz, foi periciada pelo especialista Ricardo Molina, da Unicamp. Seu laudo atesta que a fita não é montada e a voz é do senador baiano.
Os jornalistas prestarão depoimento no conselho sobre o suposto envolvimento de ACM com os grampos telefônicos da Bahia. A expectativa é que Cunha confirme ter ouvido de ACM a confissão de que foi o mandante dos grampos. Essa declaração teria sido dada pelo senador em uma conversa pessoal, mantida anteriormente ao telefonema entre eles, que foi gravado. O senador tem negado envolvimento com a escuta ilegal. Por orientação de advogados, não fala sobre o caso.
Foi com base na transcrição dessa conversa telefônica entre Cunha e ACM -que será divulgada hoje ao plenário do conselho- que a bancada do PT decidiu apresentar denúncia contra o senador baiano e pedir investigação preliminar para apurar se há indícios de quebra de decoro.
Segundo a transcrição mostrada a senadores do PT, na fita, ACM não assume ter sido o mandante dos grampos, realizados por funcionários da Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
(RAQUEL ULHÔA)


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