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São Paulo, sábado, 03 de maio de 2003

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PAINEL

Futuro sombrio
Lula considera que Anthony Garotinho cometeu um "erro" ao assumir a Secretaria de Segurança Pública do Rio. Disse a governadores que a passagem do seu adversário na eleição de 2002 pelo cargo poderá significar o seu "suicídio político".

Teste de sobrevivência
Na avaliação de Lula, na melhor das hipóteses, Garotinho conseguirá passar pela Secretaria de Segurança Pública do Rio sem ser "ferido". A natureza do cargo e o momento vivido pelo Estado é muito delicado. "Não dá para virar um herói."

Novos amigos
Alguns dos deputados que assinaram manifesto de solidariedade a Marta Suplicy (PT-SP), pelas vaias e críticas que tem recebido: Delfim Netto (PP), Luiz Antonio Fleury Filho (PTB) e Valdemar Costa Neto (PL).

Sintonia fina
Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) acredita que não haverá expulsões no PT e que o partido votará em bloco com o governo. O ministro é da Democracia Socialista, mesma tendência de Heloísa Helena, e defende os projetos de Lula.

Direito de opinião
José Pimentel (PT-CE) foi avisado pela cúpula do partido de que perderá a relatoria da reforma da Previdência se voltar a criticar a taxação de inativos.

Jogo duro
O Planalto compara a "revolta" dos radicais do PT à greve dos petroleiros de 95. Lula tem de resolver o problema, usando a força se necessário, como fez FHC na paralisação que ocorreu logo no início de seu governo. Caso contrário, corre o risco de perder sua autoridade.

Nome sugestivo
Curiosidade do currículo do novo ministro do STF, Joaquim Barbosa Gomes. Filho de pedreiro, Gomes concluiu o segundo grau na escola pública Elefante Branco, em Brasília.

Promessa de campanha
Circula na internet e-mail com gravação de uma entrevista concedida por Lula em 2002 na qual o petista dizia que as regras da Previdência não podem ser mudadas para quem já está no sistema: "Há uma decisão do STF. Quem vier aqui dizer para você que vai mexer está mentindo".

Final previsível
Rivais de ACM defendem que a votação no plenário do Senado do recurso contra o arquivamento do processo seja aberta. Já os carlistas querem voto secreto. A decisão, mais uma vez, ficará nas mãos de José Sarney.

Previsão otimista
ACM afirma ter garantido os votos de 45 senadores, número suficiente para manter o arquivamento. Se a votação for secreta, o pefelista avalia que pode ter o apoio de mais de 50 colegas.

Passado e presente
Márcio Thomaz Bastos (Justiça) se reúne na segunda em São Paulo com José Carlos Dias e Miguel Reale Júnior. Os ex-ministros irão reclamar dos projetos do atual governo que endurecem a Lei de Execuções Penais, como o que aumenta o tempo de solitária para um ano.

Saudades do giz
Para não abandonar o mundo acadêmico, o porta-voz André Singer, professor licenciado da USP, dará aulas no Instituto Rio Branco, escola do Itamaraty para a formação de diplomatas.

Amigo oculto
Paulo Maluf (PP) diz que não será candidato a prefeito de São Paulo, mas já começou a procurar antigos aliados para tratar da sucessão de Marta Suplicy. Diz que precisará do apoio deles para um "grande amigo".

Migração partidária
O PL vai filiar três novos deputados, todos ex-PFL: Aracely de Paula (MG), Lael Varela (MG) e Luciano Castro (RR).

TIROTEIO

Do governador da Bahia, Paulo Souto (PFL), sobre a oposição interna do PT à proposta de reforma da Previdência:
- O governo federal não pode querer aprovar as reformas apenas com os votos da oposição. Esse é um problema para o Lula administrar. O que não significa que o PFL queira ser agora o que o PT foi ontem.

CONTRAPONTO

Mudança de lado

A bancada do PT se reuniu na última segunda com o ministro Ricardo Berzoini (Previdência) para discutir os detalhes da reforma que seria enviada ao Congresso. A reunião foi tensa, marcada pelo confronto entre os moderados do PT, aliados ao Planalto, e os radicais.
Na véspera, o deputado Lindberg Faria (RJ) havia se reunido com Heloísa Helena (PT-AL) e Leonel Brizola (PDT) e ameaçado entrar na Justiça contra a propaganda do governo que defende as reformas.
No momento em que Lindberg era atacado pelos moderados, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), um dos maiores opositores a Lula no Congresso, passou pela porta da sala e ouviu os gritos dos petistas. Questionado se iria entrar na reunião, disparou:
- Não. Sou muito de esquerda para me reunir com a tropa de choque moderada do PT!


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