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Trocas deixam
base aliada de
Marta insatisfeita
DA REPORTAGEM LOCAL
A troca de secretários do
governo Marta Suplicy quase provocou uma rebelião na
base aliada da prefeita na
Câmara Municipal.
Com a saída de Rui Falcão
da Secretaria de Governo, o
cargo político mais importante da administração municipal foi para Jilmar Tatto.
Ele será o responsável pelos
acordos com os vereadores
para a votação dos projetos
prioritários do Executivo.
Jilmar é irmão de Arselino
Tatto, presidente da Câmara
Municipal. Juntos, desfrutam de grande influência na
administração paulistana.
O temor de vereadores do
PMDB e do PL, e até de petistas, é que o reforço do alcance político da família Tatto influa no resultado das
eleições na Câmara.
Na terça-feira não houve
sessão. Nos bastidores, vereadores já sabiam da troca
de secretários e reclamavam
com seus colegas.
Os líderes do PMDB e do
PL, vereadores Milton Leite
e Antonio Carlos Rodrigues,
foram à prefeitura ontem
para a posse. Queriam externar à Marta sua insatisfação
quando foram surpreendidos com a nomeação interina de Tatto na Secretaria de
Governo.
Saíram do Palácio do
Anhangabaú com a promessa de que Rui Falcão volta
para o cargo após as eleições.
Já vereadores petistas de
outros grupos temem não
serem reeleitos.
Se todos eles se rebelassem
em votações importantes,
Marta teria dificuldades para
aprovar projetos vitais em
seu último ano de governo,
como a da revitalização da
zona leste da cidade.
Anunciada a interinidade
de Jilmar Tatto, o princípio
de incêndio político foi debelado na Câmara.
De origem pobre, a família
Tatto é natural de Frederico
Westphalen (no interior do
RS). Dos dez irmãos, nove
são filiados ao PT.
A região em que os Tatto
moram na zona sul de São
Paulo, a Capela do Socorro,
ficou conhecida como "Tattolândia".
(FS)
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