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RIO DE JANEIRO
Assembléia abre processo de cassação contra Álvaro Lins
DA SUCURSAL DO RIO
A Corregedoria da Alerj
(Assembléia Legislativa do
Rio) iniciou ontem o processo que deve recomendar a
cassação do mandato do deputado Álvaro Lins (PMDB),
por quebra de decoro parlamentar. A investigação da
Polícia Federal e da Procuradoria Regional da República
aponta Lins como um dos
chefes de quadrilha ligada à
máfia dos caça-níqueis.
Lins foi convidado a depor
amanhã e concordou em
participar de sessão fechada.
Para o corregedor da Casa,
Luiz Paulo Corrêa da Rocha
(PSDB), as denúncias contra
o deputado são "gravíssimas". Ele pretende concluir
o procedimento em 15 dias, o
que levaria o caso à votação
em plenário neste mês.
Nas votações -na Comissão de Constituição e Justiça
e no plenário- de sexta, que
decidiram pela soltura de
Lins, Rocha votou a favor dele. Na ocasião, afirmou estar
agindo por uma decisão "técnica", relativa exclusivamente à prisão, que considerou
"ilegal". Seu posicionamento, porém, mudou. O corregedor deve encaminhar o pedido de cassação de Lins à
Mesa Diretora.
As denúncias contra Lins
têm afastado até aliados. Um
dos defensores dele na semana passada, o presidente da
Casa, Jorge Picciani
(PMDB), disse que votará de
acordo com o parecer do corregedor. Picciani é pai do deputado federal Leonardo
Picciani (PMDB-RJ), cujo
nome apareceu ao lado do de
Lins em lista de "caixa dois"
apreendida pela PF.
O advogado de Lins, Ubiratan Guedes, não foi localizado para comentar o assunto.
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