DA AGÊNCIA FOLHA

Nomeado ontem pela Presidência da Câmara de Santo André como o quinto integrante da CPI que apura supostas cobranças de propina na cidade, o vereador Osvaldo Moura (PMDB), 66, disse que os trabalhos da comissão vão atrapalhar sua candidatura a deputado federal.
"Espero que [a CPI" não seja uma coisa que vá demorar muito. A CPI deve atrapalhar a minha candidatura, mas a minha candidatura não deve prejudicar os trabalhos da comissão", afirmou Moura, que assumiu a vaga deixada por Luiz Zacarias (PL) -único vereador de oposição até então entre os membros da comissão.
Moura declarou que somente aceitou participar da CPI, mesmo "não estando inteirado" do caso, por causa de um pedido pessoal feito pelo presidente da Câmara, Carlinhos Augusto (PT). "A CPI veio em uma momento de férias. Eu até já tinha programado uma viagem. Mas, como assumi, vou levá-la a sério."
O vereador peemedebista somente assumiu a função devido à renúncia de Zacarias e às desistências de Dinah Zecker (PTB), alegando problemas familiares, e de Fernando Gomes (PL), por uma definição partidária.

Depoimento
Sobre não ter questionado nos depoimentos de anteontem o empresário Ozias Vaz a respeito de sua amizade com Sérgio Gomes da Silva, o presidente da CPI, vereador Antônio Leite (PT), disse ontem que não lembrou.
"Eu não me lembrei. Se lembrasse, teria perguntado [sobre o fato de a Pajero em que estava o prefeito Celso Daniel ao ser sequestrado ter sido guardada numa empresa de Vaz antes de passar pela perícia policial"."
Leite, que está em seu terceiro mandato na Câmara Municipal de Santo André, assumiu a vaga deixada na semana passada pelo vereador José Montoro Filho (PT), que não resistiu às pressões por ser suplente do secretário afastado Klinger de Oliveira Souza (Serviços Municipais) e também por ter fechado as portas da CPI para público e imprensa.
(EDUARDO SCOLESE)


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