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Marco Aurélio se
diz perplexo com
documentos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro
Marco Aurélio de Mello, disse
que a reportagem sobre a prática de espionagem no Exército
causa "grande perplexidade".
"Sem dúvida alguma, o que está estampado na Folha [de ontem" causa uma grande perplexidade." Marco Aurélio afirmou estar confiante que o Ministério da Defesa irá apurar
plenamente as informações
contidas na reportagem.
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil),
Rubens Approbato, cobrou
pronunciamento do Planalto
sobre a questão, lembrando
que o presidente Fernando
Henrique Cardoso e vários de
seus assessores lutaram contra
o regime militar.
Segundo Approbato, "os detentores do poder" sofreram
com o regime militar. "O Aloysio Nunes Ferreira (secretário-geral da Presidência) teve que
ser banido [viveu no exílio". O
José Gregori (ministro da Justiça) foi um lutador dos direitos
humanos. O próprio presidente sofreu na carne. Eles não podem ficar calados."
Approbato também reafirmou que "hoje há um inimigo
invisível corroendo a democracia", repetindo afirmação do
discurso em que atacou o governo FHC, na posse de Marco
Aurélio na presidência do STF,
em maio. "Naquela ocasião
[durante o regime militar], pelo menos o inimigo era visível."
Ao ser indagado sobre o fato
de o Exército "fichar" ativistas
de movimentos sociais, entidades civis e organizações não-governamentais, o presidente
da OAB afirmou: "Isso me arrepia. Lembra a época do autoritarismo."
Approbato anunciou que irá
propor ao Conselho Federal da
OAB o exame dessa questão
por considerá-la muito grave.
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