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Lula sugere mudanças nas agências reguladoras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem
uma mudança na lei que permita a demissão de dirigentes das
agências reguladoras, que hoje
têm estabilidade nos cargos.
Segundo congressistas presentes à reunião do conselho
político, Lula vai retirar do
Congresso o projeto de "lei geral" das agências reguladoras,
de 2004, que está pronto para
ser votado na Câmara. O texto
retira poder das agências (ao
transferir aos ministérios a tarefa de definir as outorgas de
serviço público), mas não mexe
na estabilidade dos diretores.
"Eles [membros das agências
reguladoras] são servidores públicos, mas é o único caso em
que, mesmo que se prove a incompetência, o cargo é "imexível'", disse o líder do governo na
Câmara, José Múcio Monteiro
(PTB-PE). Segundo congressistas, Lula defendeu a tese de
que se o presidente nomeia, deveria ter poder para demitir.
A proposta ganhou fôlego devido à avaliação de que a Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil) foi ineficaz na crise aérea.
"O presidente não falou na
Anac, mas estamos entendendo que é na dita cuja que ele está se inspirando", disse Múcio.
Sempre de acordo com os relatos, Lula manifestou a intenção de priorizar a aprovação do
projeto, mas vai pedi-lo de volta para fazer mudanças -uma
delas possivelmente será o estabelecimento de mecanismo
para demitir os diretores, que
hoje só saem do cargo em caso
de renúncia, sentença judicial
ou processo administrativo.
Lula disse que ainda precisa
conversar com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para decidir as mudanças.
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