São Paulo, sexta-feira, 03 de agosto de 2007

Texto Anterior | Índice

Toda Mídia

Nelson de Sá

O TUMULTO

Band/Reprodução
A Folha Online deu a estação da Luz no alto da home, "Urgente". E a Band entrou com Luiz Datena, "reivindiquem, o que não pode é parar a cidade"; "vocês", sindicato e governador, que "se entendam". Serra entrou ao vivo logo depois.

De volta à rotina
economist.com
'Enviando os porcos’, diz revista


Anteontem na escalada do "Jornal Nacional", "O Rio se assusta com a volta da violência depois do Pan". E ontem, em intervalo da Globo, "operação na Rocinha contou com 300 homens e ajuda de blindados, houve tiroteio" etc.
A nova "Economist" também voltou ao tema, pós-Pan, dizendo que Sérgio Cabral "parece mais determinado" que governadores anteriores para combater a violência no Rio, "mas a polícia é a metade do problema". Estaria "entre as mais brutais no mundo" e seria mais um obstáculo para a "cidade segura" que os cariocas vislumbraram, em oportunidade rara, durante o Pan.
De sua parte, o jornal francês "Le Figaro" destacou que "O mercado da segurança particular explode no Brasil", país que "já conta com mais vigilantes privados que militares". Mais um "sintoma da paranóia".

ESCAPANDO
Cathal McNaughton/PA - guardian.co.uk
No "Guardian", "o memorial tem que ficar, para as pessoas não esquecerem que os responsáveis continuam a policiar as ruas"

Foi a manchete no site do "Guardian" e destaque nos de "Daily Telegraph", "Times", "Independent" e "Financial Times", todos londrinos. Os enunciados se fixaram na acusação, por um relatório, de que a principal autoridade antiterror do país "enganou" (misled) o chefe de polícia da cidade sobre a identidade de Jean Charles de Menezes, morto há dois anos. Mas nas análises de "Guardian" e "Times" a suposta inocência do chefe de polícia, Ian Blair, foi questionada com mais do que ironia, sob títulos como "Getting away with murder", escapando com assassinato.

"SIR IAN"
Nos mais popularescos, a pouca atenção foi para "Sir Ian inocentado", no dizer do "Sun" -que na reportagem reproduziu "comentários" de internautas, como o de que a morte de Menezes "manda mensagem clara a todos os terroristas". E o brasileiro era um "imigrante ilegal que não deveria estar aqui mesmo".

MORTAL
A londrina "Economist" também deu texto, ontem mesmo, sem tomar posição. Mas dizendo que será difícil ampliar os poderes antiterror, como quer o governo, diante da lembrança de que "em uma ocasião os policiais fizeram uma bagunça mortal com os poderes que tinham, e depois ainda tentaram fraudá-la".

TÃO PERTO
Alheio à histeria na cena política, o site do "Wall Street Journal" deu em título que, segundo a Standard & Poor's, o "Brasil nunca esteve tão perto da nota de investimento". A agência nem cobra mais nenhuma "reforma específica".


Texto Anterior: Índios: Funasa diz que criança morreu de pneumonia
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.