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PSDB usa decisão do STF para tentar parar votação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A oposição ameaça transformar em "tiro no pé" a manobra
do governo para começar hoje a
votação da reforma tributária no
plenário da Câmara.
A principal arma do PSDB é
uma decisão de 29 de março de
1990 do STF (Supremo Tribunal
Federal). Um parecer do então
ministro Moreira Alves diz que
uma medida provisória não pode
ser retirada do Congresso.
A retirada da medida provisória
124, que trancava a pauta da Câmara, ocorreu por meio de outra
medida provisória, número 128,
assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada ontem no "Diário Oficial" da União.
O ato foi uma das peças da estratégia do Planalto para apressar
a votação da reforma tributária.
"Por ser a medida provisória ato
normativo com força de lei, não é
admissível que seja retirada do
Congresso Nacional a que foi remetida para o efeito de ser ou não
convertida em lei", diz o acórdão
do STF.
Com base nessa decisão de mais
de dez anos atrás, o PSDB preparava ontem uma ação direta de inconstitucionalidade.
Caso o Supremo acate os argumentos do partido, a votação da
reforma tributária poderá até ser
anulada, segundo os planos dos
tucanos.
O PFL também apresentou
mandado de segurança contra a
manobra do Planalto.
A medida provisória original
tratava do quadro de pessoal da
Agência Nacional de Águas. A
medida provisória que a revogou
foi assinada apenas pelo presidente Lula e pelo ministro José
Dirceu (Casa Civil). A ministra
Marina Silva (Meio Ambiente)
nem sequer foi ouvida.
(MS)
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