São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2004

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SEM PRESSA

Projeto, que tinha ficado esquecido, volta a ser bandeira de Lula

Grupo de trabalho do Fome Zero é instalado após 1 ano e 8 meses

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após um ano e oito meses de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi instalado ontem o grupo de trabalho Fome Zero, durante reunião da qual participaram nove ministros, incluindo José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci Filho (Fazenda).
Apregoado como a grande bandeira do governo, o Fome Zero terá um grupo para integrar as políticas de combate à fome e de inclusão social espalhadas entre várias pastas.
Ao justificar o motivo de instalar o grupo somente agora, o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) acabou criticando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). "Se o presidente FHC prestou um desserviço ao Brasil, não foi só na política econômica. Foi também no desmonte do Estado, privilegiando ações com organizações não-governamentais e Oscips [organizações da sociedade civil de interesse público]. Estamos reconstruindo o Estado brasileiro", disse o ministro.
"Queremos parcerias com empresários, igrejas, ONGs e Oscips, mas estamos determinados a recolocar o Estado em seu lugar", completou Ananias.
Na reunião, que durou cerca de três horas e foi aberta com trechos do discurso de posse de Lula, o ministro do Desenvolvimento Social fez um relato da evolução do Fome Zero, que inclui o programa Bolsa-Família.
O ministro usou os números do Bolsa-Família, programa unificado de transferência de renda, para dizer que o Fome Zero está "deslanchando".
Até o mês passado, 4,5 milhões de famílias foram atendidas pelo programa de transferência de renda. A meta é chegar a 6,5 milhões em dezembro e a 8,7 milhões no final de 2005.
"Estamos caminhando", disse Ananias. O grupo de trabalho integra a Câmara Setorial de Políticas Sociais. É composto por 11 ministérios, além da assessoria especial da Presidência.


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