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SEM PRESSA
Projeto, que tinha ficado esquecido, volta a ser bandeira de Lula
Grupo de trabalho do Fome Zero
é instalado após 1 ano e 8 meses
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após um ano e oito meses de
mandato do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, foi instalado ontem o grupo de trabalho
Fome Zero, durante reunião da
qual participaram nove ministros, incluindo José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci Filho
(Fazenda).
Apregoado como a grande
bandeira do governo, o Fome
Zero terá um grupo para integrar as políticas de combate à
fome e de inclusão social espalhadas entre várias pastas.
Ao justificar o motivo de instalar o grupo somente agora, o
ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) acabou
criticando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002). "Se o presidente
FHC prestou um desserviço ao
Brasil, não foi só na política econômica. Foi também no desmonte do Estado, privilegiando
ações com organizações não-governamentais e Oscips [organizações da sociedade civil de
interesse público]. Estamos reconstruindo o Estado brasileiro", disse o ministro.
"Queremos parcerias com
empresários, igrejas, ONGs e
Oscips, mas estamos determinados a recolocar o Estado em
seu lugar", completou Ananias.
Na reunião, que durou cerca
de três horas e foi aberta com
trechos do discurso de posse de
Lula, o ministro do Desenvolvimento Social fez um relato da
evolução do Fome Zero, que inclui o programa Bolsa-Família.
O ministro usou os números
do Bolsa-Família, programa
unificado de transferência de
renda, para dizer que o Fome
Zero está "deslanchando".
Até o mês passado, 4,5 milhões de famílias foram atendidas pelo programa de transferência de renda. A meta é chegar
a 6,5 milhões em dezembro e a
8,7 milhões no final de 2005.
"Estamos caminhando", disse
Ananias. O grupo de trabalho
integra a Câmara Setorial de Políticas Sociais. É composto por
11 ministérios, além da assessoria especial da Presidência.
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