São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2004 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Um suspeito
A ansiedade represada levou a notícia, vaga, à primeira manchete na Record:
A revista "The Economist" traz na nova edição um editorial em que compara o Brasil de Lula com a Argentina de Néstor Kirchner -e aprova o primeiro, com louvor ao ministro Antônio Palocci. Sob o título "Para crédito de Lula", ladeado por foto sorridente do brasileiro, faz afirmações inusitadas para o centenário bastião liberal: - O crescimento do Brasil parece mais sustentável. Os investimentos aumentaram drasticamente. Depois de uma década difícil, há uma chance real de que o balbuciante motor econômico da América do Sul comece a roncar. Por outro lado, uma reportagem da revista cai sobre o Estado brasileiro, descrito já a partir do título como "Inchado, esbanjador, rígido e injusto". Cita propostas para conter gastos feitas pelos ministros José Dirceu e Guido Mantega, mas elogia mesmo é o governo tucano de Aécio Neves, "citado amplamente como um futuro presidente". Bem, obrigado Duda Mendonça, o marqueteiro de Marta Suplicy, saiu do silêncio ontem em "O Estado de S.Paulo", num esforço flagrante de responder à informação de que a campanha rachou. Disse que não partiu para o ataque contra José Serra contrariado, por pressão do PT: - Meu contato com o PT é através do Favre [marido de Marta e um dos coordenadores] e eu e ele vamos bem, obrigado. Mais Duda Mendonça: - A estratégia até o fim será fazer propostas o tempo inteiro, rebatendo quando necessário. Ultimamente, "quando necessário" é todo dia. Ontem, lá estava José Genoino, no programa de Marta, dizendo que o Bilhete Único não teve apoio dos vereadores do PSDB, na votação. Apenas 1% Do blog de Ricardo Noblat: - Avaliação do comando do PT: os votos que abandonam Erundina e Maluf são os que empurraram Serra para 34%. Cruzados, números assustam: apenas 1% aderiram a Marta. Juntos os três Foi um dia inusitado para a cobertura recente da Globo -e para as propagandas eleitoral de José Serra e institucional do governo Geraldo Alckmin. Desde a manhã, os telejornais regionais destacaram as obras do metrô tucano. SPTV, à noite: - Começaram as obras para a construção da linha 4 do metrô. Nos intervalos do Jornal Nacional, lá estava a publicidade do governo estadual, com ilustrações quase iguais às da Globo. Sem esquecer as imagens de Serra nas obras da mesma linha 4, no dia anterior, no horário eleitoral. E da visita conjunta de Serra e Alckmin à mesma linha, ontem na agenda da campanha. Mas a novidade era a Globo. Ainda é cedo Do JN, ontem, na série histórica que comemora seus 35 anos: - O presidente Lula assumiu com objetivos ambiciosos: acabar com a fome, aprovar emendas e pôr o país numa posição de liderança internacional. Ainda é cedo para saber em que medida as metas serão alcançadas. Texto Anterior: Rio: Maia debocha de horário eleitoral de adversários Índice |
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