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BALANÇO PRELIMINAR
Com 98,8% dos votos apurados, partido do presidenciável Ciro Gomes
saltou de 33 para 163 prefeituras; PMDB obtém o maior número de administrações municipais
PPS tem o maior crescimento de prefeitos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PPS foi o partido que mais
cresceu em número de prefeitos
eleitos, seguido pelo PT, conforme resultado parcial divulgado
pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no momento em que estavam apurados os votos de 98,8%
das urnas.
Na disputa às Câmaras Municipais, o PPS conseguiu eleger mais
vereadores do que o PT, segundo
o levantamento preliminar. O
PMDB manteve a posição de liderança verificada em 1996, sendo
novamente seguido por PFL, por
PSDB e por PPB.
Até as 19h43 de ontem, 171 municípios haviam eleito candidatos
a prefeito do PT e outros 163 haviam dado vitória ao PPS. Em
1996, foram eleitos 114 prefeitos
do PT e apenas 33 do PPS.
O PPS terá pelo menos 2.543 representantes nas câmaras municipais, contra cerca de 490 nas últimas eleições. O PT, mesmo perdendo espaço no ranking para o
PPS, também cresceu nos últimos
quatro anos: elegeu agora pelo
menos 2.421 vereadores, contra
cerca de 1.900.
O levantamento divulgado pelo
TSE não leva em conta o número
de votos recebido por legenda ou
candidato nem o tamanho do
município. Isso significa que o peso do prefeito de uma cidade com
menos de 20 mil eleitores é considerado equivalente ao do prefeito
de São Paulo, que tem 7,1 milhões
de votantes.
Pelo balanço preliminar da Justiça Eleitoral, o PMDB elegeu
1.242 prefeitos. O PFL foi vitorioso em outras 1.021 cidades, e o
PSDB, em 982. O PPB obteve vitória em 617 municípios. Houve
eleição em 5.559 municípios.
Em 1996, com 5.507 cidades envolvidas no processo eleitoral, o
desempenho desses partidos na
votação para prefeito foi o seguinte: PMDB (1.323), PFL (962),
PSDB (926) e PPB (633).
Com os votos de 1,2% das urnas
ainda não apurados, o PMDB tinha 11.300 vereadores eleitos. O
PFL, 9.595, o PSDB, 8.449, e o
PPB, 7.028.
Nanicos
Dos 29 partidos registrados, 5
não haviam conseguido eleger nenhum prefeito, segundo o balanço parcial do TSE. São eles: PC do
B (que concorre no segundo turno em Fortaleza), PCB, PGT, Prona e PSTU.
Dessas cinco legendas, o PCB teve o pior desempenho nas eleições para Câmaras Municipais:
elegeu apenas um vereador, conforme o levantamento parcial.
O PSTU elegeu três, e o PRTB, o
partido do ex-presidente Fernando Collor, tem pelo menos 4 prefeitos e 161 vereadores.
Abstenção
Pelo menos 16,218 milhões de
pessoas não compareceram anteontem à seção eleitoral, o que
corresponde a um índice de abstenção de 14,98%, segundo um levantamento preliminar do TSE.
O presidente do TSE, ministro
Néri da Silveira, disse que o tribunal fará um estudo para identificar a razão desse índice elevado.
Ele negou que a causa possa ser o
inchaço no cadastro de eleitores e
descartou a necessidade de recadastramento nacional.
Silveira atribuiu o grande número de ausentes a eventuais problemas localizados, como ocorrência de chuva e dificuldade de
acesso à seção eleitoral na área rural, mas disse que o índice normal
seria em torno de 3,7%, o registrado em 1986, logo após o último recadastramento.
Em 1998, a abstenção foi ainda
maior: 22.798.904. No ano passado, a Justiça Eleitoral promoveu a
revisão do eleitorado em 660 municípios e fez uma depuração no
cadastro nacional para excluir nomes de pessoas indicadas como
mortas pelo banco de dados da
Previdência Social. Cerca de 4,5
milhões de nomes foram excluídos.
O presidente do TSE disse ontem que esses dois trabalhos foram suficientes para atualizar a
listagem de eleitores e torná-la
próxima da realidade.
No levantamento parcial por
Estado, o Acre registrou o maior
índice de abstenção (20,41%), e o
Piauí, o menor (10,81%).
Ainda conforme esse levantamento, Alagoas será o Estado
campeão em votos nulos, com índice próximo a 11,8% dos votos.
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