São Paulo, quarta-feira, 03 de outubro de 2007

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Mangabeira será ministro extraordinário

Presidente cria, por decreto, pasta para abrigar o filósofo; 79 cargos previstos na antiga secretaria serão remanejados

LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sem cargo desde a rebelião do PMDB do Senado, na semana passada, o filósofo Roberto Mangabeira Unger retornará à Esplanada por um decreto do presidente Luiz Inácio da Silva, que criará o Ministério Extraordinário de Assuntos Estratégicos.
A decisão foi tomada ontem pelo presidente em reunião com os ministros que compõe a coordenação política do governo. A possibilidade de Mangabeira voltar por um decreto era tida como a mais provável pela equipe técnica que analisou o caso. Faltava, entretanto, que o presidente "batesse o martelo", o que ocorreu ontem.
O decreto só sairá no "Diário Oficial" depois que o Senado publicar o ato declaratório, oficializando a decisão do plenário do Senado que na semana passada derrubou a medida provisória que criava a secretaria para Mangabeira e outros 660 cargos de confiança na administração pública.
Sob o guarda-chuva do novo ministério extraordinário, ficarão as estruturas do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e do NAE (Núcleo de Estudos Estratégicos).
Os cargos da extinta Secretaria de Planejamento de Longo Prazo -79 estavam previstos na MP derrubada pelo Senado- serão "remanejados", segundo relatos de participantes da reunião de ontem.
Na semana passada, o ministério do Planejamento começou a fazer um raio-x de vagas em aberto em outros ministérios, para que elas pudessem abrigar os contratados por Mangabeira. O Planalto não divulgou ontem quantas pessoas se encaixariam nesta situação e integrariam o Ministério Extraordinário. O governo também não tinha definição até o fim da tarde de ontem, sobre o que fazer com o restante dos cargos previstos na MP. Uma das idéias seria recriá-los por meio de projetos de lei a serem enviados ao Congresso.


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