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Mangabeira será ministro extraordinário
Presidente cria, por decreto, pasta para abrigar o filósofo; 79 cargos previstos na antiga secretaria serão remanejados
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sem cargo desde a rebelião
do PMDB do Senado, na semana passada, o filósofo Roberto
Mangabeira Unger retornará à
Esplanada por um decreto do
presidente Luiz Inácio da Silva,
que criará o Ministério Extraordinário de Assuntos Estratégicos.
A decisão foi tomada ontem
pelo presidente em reunião
com os ministros que compõe a
coordenação política do governo. A possibilidade de Mangabeira voltar por um decreto era
tida como a mais provável pela
equipe técnica que analisou o
caso. Faltava, entretanto, que o
presidente "batesse o martelo",
o que ocorreu ontem.
O decreto só sairá no "Diário
Oficial" depois que o Senado
publicar o ato declaratório, oficializando a decisão do plenário do Senado que na semana
passada derrubou a medida
provisória que criava a secretaria para Mangabeira e outros
660 cargos de confiança na administração pública.
Sob o guarda-chuva do novo
ministério extraordinário, ficarão as estruturas do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada) e do NAE (Núcleo de
Estudos Estratégicos).
Os cargos da extinta Secretaria de Planejamento de Longo
Prazo -79 estavam previstos
na MP derrubada pelo Senado- serão "remanejados", segundo relatos de participantes
da reunião de ontem.
Na semana passada, o ministério do Planejamento começou a fazer um raio-x de vagas
em aberto em outros ministérios, para que elas pudessem
abrigar os contratados por
Mangabeira. O Planalto não divulgou ontem quantas pessoas
se encaixariam nesta situação e
integrariam o Ministério Extraordinário. O governo também não tinha definição até o
fim da tarde de ontem, sobre o
que fazer com o restante dos
cargos previstos na MP. Uma
das idéias seria recriá-los por
meio de projetos de lei a serem
enviados ao Congresso.
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