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Marcha vira desagravo a casal da Igreja Renascer
PM estima público em 1 mi e evangélicos, em 6 mi; apóstolo pede fim de discriminação
Crivella, da Universal, sai em defesa de Estevam e Sonia, presos em 2007 nos EUA, e diz que ato é revogação de "todas as injúrias e calúnias"
DA REDAÇÃO
Em sua primeira participação na Marcha para Jesus após
passar dois anos e meio condenado nos Estados Unidos, o casal Estevam e Sonia Hernandes
combateu o que chamou de discriminação sofrida pela Igreja
Renascer em Cristo, organizadora do evento em São Paulo.
Segundo a Polícia Militar,
cerca de 1 milhão de pessoas
passaram pelo evento ontem.
Pelos cálculos da igreja, a marcha reuniu 6 milhões, número
mencionado pelo apóstolo Estevam durante o evento.
O tema deste ano, a 17ª edição da marcha, foi "Marchando
para Derrubar Gigantes". "Os
maiores gigantes são a discriminação e a incompreensão",
afirmou o apóstolo Estevam.
Ele negou que os "gigantes"
fossem uma referência a TVs e
jornais que noticiaram a condenação e prisão do casal nos
Estados Unidos em 2007 por
contrabando de dinheiro, e têm
apontado supostas irregularidades praticadas por líderes religiosos. O casal ainda responde
a inquéritos no Brasil.
Durante o dia, várias menções em defesa do casal Hernandes indicavam que fiéis,
bispos e pastores aproveitaram
a manifestação para demonstrar apoio aos líderes e fundadores da Renascer. O apóstolo
afirmou que não via o evento
como um ato de desagravo.
"Mesmo porque isso não teria
motivo de ser", disse.
Em 2007, Estevam e Sonia
desembarcaram no aeroporto
de Miami com US$ 56 mil escondidos numa Bíblia, num
porta CD e em malas. Eles haviam declarado à alfândega
portar US$ 10 mil.
O casal foi condenado pela
Justiça dos EUA e cumpriu pena de prisão em regimes fechado e aberto. Em agosto deste
ano, voltaram ao Brasil, após se
declararem culpados para obter redução penal.
Representantes de várias
igrejas evangélicas estiveram
presentes na marcha que, a
partir das 10h, arrastou a multidão entre a avenida Tiradentes
e a praça Heróis da FEB (Força
Expedicionária Brasileira), onde foi montado o palco.
Músicas cantadas em ritmos
variados (rock, reggae, axé, forró e samba) durante todo o percurso trouxeram letras exaltando a vitória sobre o "mal".
Apoiado por políticos evangélicos, como o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) e o deputado federal Bispo Gê (DEM-SP), o apóstolo Estevam disse
que não sentiu falta de demais
autoridades -o prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o governador José Serra não compareceram ao evento. "O que não
poderia faltar é esse povo."
Crivella, que é bispo da Igreja
Universal do Reino de Deus,
apontou o público presente como uma demonstração de
apoio ao casal. "É um ato de revogação de todas as injúrias e
calúnias. Quem os conhece sabe que a única riqueza que têm
são essas pessoas que estão
aqui", disse durante a marcha.
Bispo Gê falou sobre os "excessos nas críticas" feitas pela
mídia aos Hernandes durante a
prisão. "Houve erros, mas não
com má intenção. Graças a
Deus, estão aqui", afirmou.
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