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Para petistas, opção de mudar lei não existe
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Parlamentares petistas criticaram ontem a realização da
pesquisa do Datafolha sobre o
terceiro mandato. "Fazer pesquisa sobre algo impossível de
ocorrer não me parece razoável", disse o líder do governo na
Câmara, Henrique Fontana
(PT-RS). "Jogou-se dinheiro
fora", complementou.
Ele afirmou que o governo
não admite a possibilidade de
terceiro mandato. "Não vamos
fazer o que o PSDB e o PFL [hoje DEM] fizeram, não vamos
quebrar a constitucionalidade
do país", afirmou, referindo-se
à aprovação, em 1997, da emenda que permitiu que FHC concorresse ao segundo mandato.
"Não existe terceiro mandato, essa idéia não tem a menor
chance de prosperar", disse
Ideli Salvatti (SC), líder do PT
no Senado. "É forçar a barra a
continuação desse tema."
"Fiquei muito feliz. O resultado é muito bom para o presidente Lula e mostra que 65%
concordam com ele, que não
quer o terceiro mandato", afirmou a ministra Marta Suplicy.
A idéia foi levantada, porém,
por dois aliados do presidente.
Os deputados federais Carlos
Willian (PTC-MG) e Devanir
Ribeiro (PT-SP), amigo do presidente, admitiram levar adiante uma proposta para tentar
emplacar uma emenda à Constituição que viabilize um terceiro mandato para o petista já
em 2010. O governo já desautorizou a conversa diversas vezes.
O PT, contudo, ainda planeja
levar adiante uma proposta de
Assembléia Constituinte exclusiva, na qual poderia ser discutida uma reformulação completa do sistema político-eleitoral brasileiro, incluindo a
questão do mandato presidencial -duração e reeleição.
Para Ideli, Lula "tem grande
chance" de ter um outro mandato, mas em 2014 ou 2015
-caso o mandato aumente de
quatro para cinco anos.
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