São Paulo, segunda-feira, 03 de dezembro de 2007

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Para petistas, opção de mudar lei não existe

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Parlamentares petistas criticaram ontem a realização da pesquisa do Datafolha sobre o terceiro mandato. "Fazer pesquisa sobre algo impossível de ocorrer não me parece razoável", disse o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS). "Jogou-se dinheiro fora", complementou.
Ele afirmou que o governo não admite a possibilidade de terceiro mandato. "Não vamos fazer o que o PSDB e o PFL [hoje DEM] fizeram, não vamos quebrar a constitucionalidade do país", afirmou, referindo-se à aprovação, em 1997, da emenda que permitiu que FHC concorresse ao segundo mandato.
"Não existe terceiro mandato, essa idéia não tem a menor chance de prosperar", disse Ideli Salvatti (SC), líder do PT no Senado. "É forçar a barra a continuação desse tema."
"Fiquei muito feliz. O resultado é muito bom para o presidente Lula e mostra que 65% concordam com ele, que não quer o terceiro mandato", afirmou a ministra Marta Suplicy.
A idéia foi levantada, porém, por dois aliados do presidente. Os deputados federais Carlos Willian (PTC-MG) e Devanir Ribeiro (PT-SP), amigo do presidente, admitiram levar adiante uma proposta para tentar emplacar uma emenda à Constituição que viabilize um terceiro mandato para o petista já em 2010. O governo já desautorizou a conversa diversas vezes.
O PT, contudo, ainda planeja levar adiante uma proposta de Assembléia Constituinte exclusiva, na qual poderia ser discutida uma reformulação completa do sistema político-eleitoral brasileiro, incluindo a questão do mandato presidencial -duração e reeleição.
Para Ideli, Lula "tem grande chance" de ter um outro mandato, mas em 2014 ou 2015 -caso o mandato aumente de quatro para cinco anos.


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