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ORÇAMENTO
Cortes devem se concentrar nas emendas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os cortes no Orçamento, que
deverão ser anunciados até o final
da semana, vão se concentrar
principalmente nos R$ 9 bilhões
em emendas feitas pelos congressistas. O contingenciamento deverá atingir de 10% a 15% das despesas livres do governo.
Embora as despesas previstas
na lei orçamentária alcancem R$
318,7 bilhões, a maior parte dos
gastos é obrigatória -como despesa com pessoal e pagamento de
benefícios da Previdência. Restam livres R$ 60,3 bilhões.
Apesar disso, o grau de liberdade do Executivo para promover o
corte nesses recursos é limitado.
Isso porque muitas despesas são
indispensáveis para o funcionamento de atividades e projetos
prioritários do governo.
A Folha apurou que a margem
de manobra para cortes fica em
torno de R$ 20 bilhões. Desse total, R$ 14,5 bilhões são relativos a
projetos de investimento, sendo
que R$ 7,3 bilhões resultam das
emendas dos congressistas.
Além dos recursos de investimentos, o governo pode cortar
nos gastos com custeio da máquina administrativa.
O corte no Orçamento permitirá ao governo elevar o superávit
primário (economia de despesa
para pagamento de juros da dívida), atualmente em 3,75% do PIB.
O contingenciamento também
servirá para cobrir despesas que
teriam sido subestimados pelo
Congresso na avaliação do Orçamento.
(JULIANNA SOFIA)
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